A reação do mercado ao fracasso da fusão Kroton-Estácio
Com a negativa do Cade, o mercado segue atento aos planos das empresas educacionais
Rita Azevedo
Publicado em 29 de junho de 2017 às 11h16.
Última atualização em 29 de junho de 2017 às 11h25.
São Paulo -- O dia é de volatilidade para as ações da Kroton e da Estácio. Os investidores reagem à decisão doConselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de reprovar a fusão da Kroton e da Estácio.Caso a operação fosse aprovada, as duas companhias formariam uma empresa com valor de mercado de cerca de 30 bilhões de reais e 1,5 milhão de alunos.
Os papéis da Kroton começaram o dia em leve alta e chegaram a subir 0,5%. Em alguns minutos, passaram a cair 1,6%. Depois, voltaram a operar no azul. Atualmente, são cotados a pouco mais de 14 reais.
Já os papéis da Estácio abriram a sessão em queda, chegando a recuar 2,24%. Depois, foram para o campo positivo, com ganhos de até 0,5%. Eles também são negociados na casa dos 14 reais.
Com o resultado do processo, o mercado segue atento aos planos das empresas. Segundo fontes da Agência Estado, a negativa do Cade deve realimentar o apetite da Kroton, o maior grupo educacional do país. No alvo da empresa, devem entrar ativos regionais de ensino presencial de cidades onde ainda não atua.
A Kroton já divulgou a abertura, nos próximos cinco anos, de mais 100 unidades presenciais para se somarem às 114 atuais do grupo. Dessas, 60 já estariam em trâmite no Ministério da Educação.
Já a Estácio deve ser assediada por outros concorrentes e até mesmo voltar à mira da Ser Educacional. A companhia de origem pernambucana chegou a disputar a compra da Estácio com a mineira Kroton, mas acabou sendo preterida.
Recompra
Logo após confirmar a decisão do Cade, a Kroton anunciou um programa para recomprar até 48.773.702 ações ON da companhia, correspondentes a 3% dos papéis em circulação.
O programa terá validade de 18 meses e durar até o dia 29 de dezembro de 2018. Segundo a Kroton, o objetivo é aplicar de modo eficiente os recursos disponíveis e gerar valor aos acionistas.
Com Agência Estado.