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A IBM estava passando incólume à queda das techs. Hoje, cai mais de 7% pós balanço

Empresa superou as expectativas de lucro, mas revelou uma perspectiva mais cautelosa para o futuro

IBM (IBM/Divulgação)

IBM (IBM/Divulgação)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 24 de abril de 2025 às 08h37.

As ações da IBM registram queda de mais de 7% antes da abertura do mercado americano, por volta das 8h do horário de Brasília desta quinta-feira, 24.

Os papéis da companhia estão se desvalorizando desde a véspera, quando publicou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025 após o fechamento do mercado.

A gigante de tecnologia superou as expectativas de lucro, mas revelou uma perspectiva mais cautelosa para o futuro próximo, o que afetou a confiança dos investidores.

Neste ano, os papéis da IBM são uns dos poucos do setor de tecnologia a se destacarem positivamente, com alta de 12% até o momento. A título de comparação, o índice S&P 500 acumula queda de mais de 8%.

O lucro ajustado por ação da empresa ficou em US$ 1,60, acima da estimativa de US$ 1,42 dos analistas, mas abaixo dos US$ 1,68 registrados no mesmo período do ano passado.

A receita alcançou US$ 14,54 bilhões, um aumento de 1% em relação ao ano anterior e acima da previsão de US$ 14,39 bilhões.

Em seu balanço, a IBM destacou a desaceleração de sua divisão de mainframes, que viu uma redução de 6% nas receitas anuais. Por outro lado, as áreas de software e consultoria, responsáveis pela maior parte do crescimento, tiveram um aumento de apenas 3% no período.

O CEO da IBM, Arvind Krishna, afirmou que a empresa está atenta às incertezas do cenário macroeconômico. A projeção de receita para o segundo trimestre, estimada em US$ 6,6 bilhões, superou as expectativas do mercado, mas ainda assim indica uma retração de 3% na comparação anual com o mesmo período de 2024.

A IBM manteve suas metas para 2025, com previsão de fluxo de caixa livre em torno de US$ 13,5 bilhões e expectativa de crescimento de pelo menos 5% na receita ajustada.

No entanto, o CEO admitiu que, devido à situação econômica volátil e aos cortes de custos implementados pelo governo dos Estados Unidos, especialmente através do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), os contratos com o governo federal foram afetados.

Cerca de 15 contratos foram cancelados ou suspensos, totalizando uma perda de aproximadamente US$ 100 milhões em pagamentos futuros.

A empresa também alertou sobre a vulnerabilidade do setor de consultoria frente a cortes discricionários de gastos das empresas, o que pode impactar o desempenho da unidade ao longo do ano.

 

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