10 ações que passam bem longe do pessimismo da bolsa
Desde janeiro, o Ibovespa acumula perdas de mais de 10%, mas nem todas ações seguem o mesmo ritmo
Karla Mamona
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 11h26.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo - O cenário externo, a queda no preço das commodities e a instabilidade política brasileira tem impactado diretamente a bolsa brasileira. Desde janeiro, o Ibovespa acumula perdas de mais de 10% . Mas nem todas as ações do índice seguem o mesmo ritmo do índice. Ao contrário, algumas ações têm registrados ganhos expressivos. Veja a seguir as ações que têm se destacado positivamente.
As ações da Fibria acumulam ganhos de 45,64% este ano. Os papéis são impactados diretamente pela valorização do dólar. Vale destacar que mais de 90% da produção da companhia é destinada a exportações. Na semana passada, a empresa anunciou aumento de 20 dólares no preço da tonelada do insumo, o quarto neste ano, com validade a partir de 1º de setembro. Com a elevação, o preço da celulose de fibra curta da empresa nos Estados Unidos passa a 920 dólares a tonelada. Na Europa, o preço vai a 830 dólares a tonelada. Na Ásia, subirá para 720 dólares a tonelada.
As ações da Suzano acumulam ganhos de 45% desde janeiro. A alta pode ser explicada pela valorização do dólar, já que a receita da companhia é lastreada em dólar e as despesas pagas em reais.
As ações da Souza Cruz acumulam ganhos de 40%. A controladora British American Tobacco elevou o preço para aquisição das ações na oferta pública de cancelamento de registro de companhia aberta da fabricante de cigarros brasileira. O preço foi elevado de R$ 26,12 para R$ 27,62 por ação.
As units da Klabin acumulam ganhos de 34% neste ano. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições acordo para a comercialização pela Fibria da celulose produzida na nova fábrica da Klabin em Ortigueira (PR). O contrato determina que a Fibria vai adquirir pelo menos 900 mil toneladas de celulose de fibra curta por ano produzidas na fábrica da Klabin, com início da operação previsto para 2016, nos seus quatro primeiros anos de vigência, com redução gradual do volume nos últimos dois anos.
As ações da companhia acumulam ganhos de 28% até agosto deste ano. No segundo trimestre de 2015, a empresa lucrou 744 milhões de reais, o que representa uma elevação de 304% em relação ao resultado reportado no mesmo período do ano passado.
Desde janeiro, as ações da Renner acumulam crescimento de 28%. A empresa tem sido destaque entre as varejistas. No mês passado, a Renner teve alta de 2 dígitos em vendas. No segundo trimestre, as vendas subiram 14,5% ante 10% um ano antes. No acumulado do primeiro semestre, o avanço somou 15,4%.
As ações da JBS acumulam ganhos de 22% de janeiro a agosto deste ano. Este mês, A JBS Austrália, subsidiária indireta da processadora de carnes JBS, fez oferta para adquirir fatia majoritária no capital da empresa de robótica da Nova Zelândia Scott Tecnology. A JBS Austrália propôs ao acionistas da Scott a compra de pelo menos 50,1% das ações a 1,39 dólar da Nova Zelândia por papel, ou, no total, aproximadamente 42 milhões de dólares norte-americanos.
As ações da Ultrapar acumulam ganhos de 19% de janeiro a agosto deste ano. No segundo trimestre de 2015, o grupo petroquímico reportou lucro líquido de 331,1 milhões de reais no segundo trimestre alta de 10% ante igual etapa de 2014.
De janeiro a agosto deste ano, as ações da Ambev acumulam ganhos de 15% na bolsa. A agência de classificação Moody's manteve os ratings em escala global da Ambev em A3 em moeda local e Baa1 em moeda estrangeira, com perspectiva estável. Segundo a agência, a nota da Ambev reflete a visão de que a empresa é uma das maiores no ramo da cerveja no mundo e tem posição de liderança em grandes mercados, como o Brasil e o Canadá. Além disso, possui uma grande diversificação geográfica e uma rede de distribuição custo-competitiva.
As ações da Cielo acumulam ganhos de 12% neste ano. No segundo trimestre deste ano, a companhia registrou lucro líquido de 869,4 milhões de reais, incremento de 9,1% em relação ao observado no mesmo período do ano passado, de R$ 796,8 milhões. No final de julho, a empresa disse que a revisão para negativa da perspectiva de nota de crédito do Brasil deixa o cenário da economia do país "mais controverso e desafiador", mas que a empresa não deverá enfrentar dificuldades em eventuais novas captações de recursos.
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