Investimento no Tesouro Direto: com juros altos, aplicação de R$ 20 mil por seis meses pode render mais que a poupança, com baixo risco e fácil acesso. (YuriArcursPeopleimages/envato)
Publicado em 27 de março de 2025 às 17h18.
Última atualização em 27 de março de 2025 às 18h07.
Investir o patrimônio de forma planejada é essencial para garantir tranquilidade financeira no futuro. Em vez de deixar o dinheiro parado na conta corrente ou na poupança, o investidor pode aplicar em produtos que protegem contra a inflação e oferecem ganhos reais.
O Tesouro Direto é uma das opções mais acessíveis e seguras para isso. Criado pelo Governo Federal, o programa permite que pessoas físicas comprem títulos públicos com valores a partir de R$ 30. Os principais tipos são o Tesouro Selic, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado, cada um com características específicas de rentabilidade.
Todos têm liquidez diária, mas a rentabilidade pode variar conforme o momento do resgate. Já tributação segue a tabela regressiva do Imposto de Renda (de 22,5% a 15% sobre o lucro), e há também a taxa de custódia da B3, de 0,20% ao ano para aplicações acima de R$ 10 mil.
Entenda mais sobre essa aplicação e descubra se ela pode ser uma boa opção para proteger seu patrimônio.
Considerando um investimento de R$ 20.000 no Tesouro Selic, com a taxa básica de juros a 14,25% ao ano, o rendimento bruto estimado em seis meses seria de cerca de R$ 1.425.
Após os descontos do Imposto de Renda (22,5% para prazos de até 180 dias) e da taxa de custódia da B3, o rendimento líquido seria em torno de R$ 1.085, totalizando um saldo final próximo de R$ 21.085.
Estes valores podem variar levemente dependendo da data exata da aplicação, mas ilustram o potencial de ganho mesmo em prazos curtos.
Entre as principais vantagens do Tesouro Direto estão a segurança — os títulos são garantidos pelo Tesouro Nacional —, a acessibilidade para quem está começando a investir, e a liquidez diária, que permite resgates a qualquer momento.
Além disso, o programa oferece diferentes tipos de títulos, permitindo ao investidor escolher aquele mais alinhado aos seus objetivos e prazos.
Por outro lado, há desvantagens a considerar: em prazos muito curtos, o Imposto de Renda pode comprometer parte dos ganhos, e alguns títulos, como o Tesouro Prefixado ou o IPCA+, podem apresentar perdas se vendidos antes do vencimento, em caso de variação na taxa de juros.
Quem quer potencializar os ganhos com as aplicações financeiras deve ficar atento a alguns detalhes importantes. Veja os principais que podem te ajudar:
Escolha o título certo para o seu prazo e objetivo financeiro – o Tesouro Selic é ideal para curto prazo e segurança;
Evite resgatar antes de 30 dias para não pagar IOF sobre os rendimentos;
Acompanhe a taxa Selic e o mercado – a rentabilidade de alguns títulos pode mudar conforme o cenário econômico;
Reinvista os rendimentos para aproveitar os juros compostos e acelerar o crescimento do patrimônio;
Fique atento à taxa de custódia da B3 – valores abaixo de R$ 10 mil não pagam essa tarifa no Tesouro Selic.
Conhecer o funcionamento do Tesouro Direto e seus potenciais de rendimento é fundamental para tomar decisões financeiras mais conscientes. Mesmo com valores relativamente baixos e prazos curtos, como seis meses, é possível obter ganhos reais superiores aos da poupança, com risco praticamente nulo.
Saber onde aplicar o seu dinheiro, como ele rende e quais os custos envolvidos é o primeiro passo para montar um plano financeiro sólido e fazer o patrimônio crescer de forma consistente e segura.