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Prefixado, pós-fixado ou híbrido: qual a melhor opção para investir em renda fixa?

Cada tipo de investimento oferece diferentes níveis de previsibilidade e risco; a melhor escolha varia conforme o cenário econômico e os objetivos do investidor

Diversificar entre prefixado, pós-fixado e híbrido ajuda a equilibrar risco e rentabilidade em diferentes cenários econômicos (Thinstock/Wavebreakmedia Ltd)

Diversificar entre prefixado, pós-fixado e híbrido ajuda a equilibrar risco e rentabilidade em diferentes cenários econômicos (Thinstock/Wavebreakmedia Ltd)

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 20h32.

Os investimentos em renda fixa são uma opção segura para quem busca previsibilidade e menor volatilidade em relação à renda variável. No entanto, dentro dessa categoria, existem diferentes tipos de rentabilidade: prefixada, pós-fixada e híbrida.

Cada uma dessas modalidades funciona de maneira distinta e pode ser mais vantajosa dependendo do cenário econômico e da estratégia do investidor. Mas qual delas é a melhor opção? Para responder, é essencial entender como cada uma funciona.

Como funciona cada modalidade?

Os investimentos de renda fixa podem ser divididos em três tipos principais, de acordo com a forma como os rendimentos são calculados:

  • Prefixado: a taxa de juros é definida no momento da aplicação e não muda até o vencimento.
  • Pós-fixado: a rentabilidade acompanha um índice de referência, como a Selic ou o CDI.
  • Híbrido: combina uma parte fixa com uma parte variável, geralmente atrelada à inflação.

Investimentos prefixados

Nos investimentos prefixados, o investidor sabe exatamente quanto irá receber no vencimento do título. Se um título oferece 10% ao ano, por exemplo, essa taxa será mantida até o final da aplicação, independentemente das variações da economia.

Exemplos de aplicações prefixadas:

  • Tesouro Prefixado
  • CDBs prefixados
  • LCIs e LCAs prefixadas

Esse tipo de investimento é vantajoso quando os juros estão altos e existe a expectativa de queda da taxa Selic, pois o investidor consegue garantir uma boa rentabilidade antes da redução dos rendimentos do mercado.

Risco principal:
Se as taxas de juros subirem após a aplicação, o investidor pode perder oportunidades melhores no mercado. Além disso, os títulos prefixados costumam sofrer oscilações no preço antes do vencimento, o que pode gerar prejuízo se o investidor precisar vender antecipadamente.

Investimentos pós-fixados

Nos investimentos pós-fixados, o rendimento é atrelado a um índice, como o CDI ou a taxa Selic. Isso significa que a rentabilidade varia conforme a economia, podendo aumentar ou diminuir ao longo do tempo.

Exemplos de aplicações pós-fixadas:

  • Tesouro Selic
  • CDBs pós-fixados
  • Fundos DI

O pós-fixado é ideal para quem busca segurança e liquidez, pois os investimentos dessa categoria costumam ser menos voláteis e acompanham os juros básicos da economia. É uma opção interessante para reserva de emergência ou para momentos de alta da Selic.

Risco principal:
Se a taxa Selic cair ao longo do tempo, os rendimentos do investimento também diminuem.

Investimentos híbridos

Os investimentos híbridos combinam um percentual fixo com um indexador variável, geralmente o IPCA (índice de inflação). Dessa forma, o investidor tem um ganho real garantido acima da inflação.

Exemplos de aplicações híbridas:

  • Tesouro IPCA+
  • Debêntures incentivadas
  • LCIs e LCAs híbridas

Os híbridos são recomendados para quem quer proteger o dinheiro da inflação no longo prazo, pois garantem um rendimento acima da alta dos preços.

Risco principal:
Se a inflação cair muito, a rentabilidade final pode ser menor do que a de outras opções do mercado. Além disso, esses investimentos costumam ter menor liquidez antes do vencimento.

Qual a melhor opção para investir?

A escolha entre prefixado, pós-fixado ou híbrido depende do cenário econômico, do prazo do investimento e do perfil do investidor. Cada modalidade pode ser mais vantajosa em determinados momentos e objetivos.

  • Se os juros estão altos e a tendência é de queda, os investimentos prefixados podem ser a melhor escolha. Isso porque eles garantem uma taxa fixa ao longo de todo o período. Por exemplo, se a Selic está em 13% ao ano e um Tesouro Prefixado oferece rendimento de 12% ao ano, vale a pena travar essa taxa, pois, com a queda da Selic, novos investimentos terão rendimentos menores.
  • Se há incerteza sobre os juros ou a tendência é de alta, os pós-fixados são mais seguros. Eles acompanham a taxa Selic ou o CDI, garantindo que o investidor não perca oportunidades caso os juros subam. Essa modalidade é recomendada para quem quer mais liquidez e menor risco de desvalorização antes do vencimento.
  • Se o objetivo é proteger o patrimônio contra a inflação, os híbridos são a melhor alternativa. Como combinam uma taxa fixa com um rendimento atrelado ao IPCA, esses investimentos garantem que o dinheiro sempre terá um ganho real, acima da alta dos preços. São indicados para objetivos de longo prazo, como aposentadoria ou compra de imóvel.

Como o cenário econômico pode mudar, diversificar entre as modalidades pode ser a melhor estratégia para equilibrar risco e retorno. O ideal é analisar o contexto do mercado e alinhar a escolha ao horizonte do investimento antes de decidir.

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