Cada dólar investido em computação em nuvem pode aumentar o PIB em quatro dólares, diz estudo
Segundo relatório da Huawei Cloud, nuvem tem função revolucionária no processo de digitalização mundial
Repórter
Publicado em 28 de novembro de 2024 às 13h01.
Última atualização em 28 de novembro de 2024 às 14h29.
A Huawei Cloud, plataforma que oferece serviços e recursos para empresas e desenvolvedores, divulgou nesta semana um documento no qual ressalta o quão revolucionária pode ser a computação em nuvem no processo de digitalização mundial. O relatório, intitulado "Computação em Nuvem: Caminhando em Direção ao Mundo Inteligente", mostra que o investimento na área possui um efeito multiplicador na economia.
Segundo o relatório, cada dólar adicional investido em nuvem pode gerar até quatro dólares a mais no Produto Interno Bruto (PIB), isso sem considerar o valor médio de US$ 700 milhões. O incentivo à construção de infraestrutura, como centros de dados e redes, e o fomento à criação de empregos em áreas como planejamento, integração e manutenção explicam o cálculo do estudo. Além disso, o investimento contribui para a transformação de setores tradicionais e reduz os custos operacionais de entrada para startups.
Tudo isso faz parte de um ciclo. O investimento no setor de nuvem promove melhorias no TI para empresas. Por sua vez, isso gera mais empregos, que impulsiona o consumo e eleva a eficiência das empresas. O resultado é uma maior lucratividade e crescimento econômico sustentável.
Segundo o documento, a cada 10 postos de trabalho diretos gerados no setor de nuvem, outros 55 postos de trabalho indiretos são criados. Além disso, a tecnologia é apontada como essencial para a eficiência energética, já que centros de dados baseados em nuvem podem reduzir significativamente o consumo de energia em comparação com os modelos tradicionais.
Frente aos benefícios, mais de 80 países já adotando políticas " cloud-first " para acelerar transformações digitais. Com elas, governos são incentivados a investir em infraestrutura tecnológica, a promover o uso de inteligência artificial e a fomentar ecossistemas digitais inclusivos. O relatório destaca exemplos, como o sistema de telemedicina do Brasil, que beneficia 60% da população, e o M-Pesa, serviço de banco por celular no Quênia, que aumentou a inclusão financeira de 26% para 84% da população em 15 anos.
No Brasil, houve a criação da Secretaria de Governo Digital. A iniciativa conseguiu alcançar os serviços públicos 100% digitalizados até 2023. Além disso, foram migrados 30 centros de dados governamentais para a nuvem, o que garante mais eficiência e segurança.
Consequentemente, a padronização de aquisições trouxe contratos mais transparentes e uma redução de custos e os serviços digitais impulsionaram a inclusão social.
Zhang Ping’an, diretor Executivo da Huawei Cloud, reiterou o compromisso da empresa essa transformação. "Pedimos que todos os setores aproveitem as oportunidades, façam bom uso da nuvem e adotem a IA para promover conjuntamente a digitalização global", enfatizou.
Metodologia do relatório
O relatório estabelece uma meta comum de acessibilidade digital e inteligência, baseada em três pilares: governos, indústrias e sociedades digitalizadas. O documento se baseia no conceito “1+3+1”, que é uma visão sobre como a computação em nuvem pode transformar o mundo:
- 1 objetivo compartilhado: Tornar a tecnologia acessível e útil para todos, melhorando vidas.
- 3 pilares principais:
- Governos mais eficientes: oferecendo serviços rápidos e acessíveis, como saúde digital e cidades inteligentes.
- Empresas mais modernas: usando tecnologia para criar produtos e serviços inovadores.
- Sociedade mais conectada: melhorando a educação, o comércio e até o entretenimento.
- 1 base de segurança: garantir que tudo seja feito com proteção de dados e segurança.