Cientistas apostam no tório como fonte de energia nuclear
Conheça o movimento a favor da substância, que seria mais abundante e segura que o urânio.
Uma usina chinesa já utiliza urânio em conjunto com o tório. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Quando o assunto é energia nuclear, vários argumentos impedem que esse tipo de fonte seja mais aproveitado: há pouco urânio na Terra, as usinas ocupam muito espaço e o material resultante é muito perigoso. Mas e se outra substância pudesse pular esses obstáculos e continuar gerando altas quantidades de energia?
A bola da vez é o tório (nomeado em homenagem a Thor, deus nórdico dos trovões), elemento químico representado pelo símbolo Th e pelo número atômico 90. Fundada recentemente, a Weinberg Foundation é a principal responsável por espalhar palavras de incentivo sobre a substância.
Segundo o The Guardian, o tório é mais abundante na Terra do que o urânio, sendo encontrado em rochas e solos especiais. Além disso, os reatores das usinas seriam muito menores – e mais seguros – que os atuais. Por fim, o lixo atômico produzido seria perigoso por um tempo, mas depois seria inútil até mesmo para a produção de armas nucleares.
O elemento possui alguns pontos negativos, como o baixo aproveitamento (pouco da energia do reator transforma-se em elétrica), mas o grupo de suporte da Weinberg Foundation não parece desistir da ideia. Pelo jeito, ainda vamos ouvir falar muito do tório por aí.

Por Nilton Cesar Monastier Kleina
Especialista em Analista
Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.