(Getty/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 17 de novembro de 2023 às 11h44.
A SOL, criptomoeda nativa da rede Solana, ganhou destaque no último ano por seus altos e baixos. Depois de ter sido ligada ao colapso da FTX e despencar, a criptomoeda voltou a subir e chegou a acumular alta de mais de 500% desde o início de 2023. No entanto, o movimento agora recua e levanta dúvida: a SOL vai voltar a subir?
Cotada a US$ 57,66 no momento, a SOL caiu 6,76% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Apesar disso, a sexta maior criptomoeda do mundo com US$ 24,4 bilhões em valor de mercado ainda acumula alta de 16,19% nos últimos sete dias, 141,77% no último mês e 478% desde o início de 2023.
“Solana é um dos blockchains monolíticos mais promissores do mercado. Mesmo após desafios como a quebra da FTX, instituição que mais apoiava a rede, o desempenho do criptoativo tem se mostrado resiliente conforme investidores precificam o crescimento do seu ecossistema DeFi, em conjunto com os avanços da Firedancer, novo client em desenvolvimento pela Jump Crypto, que promete aumentar a performance e escalabilidade da rede como um todo”, comentou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
Em novembro do ano passado uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a FTX, foi à falência em meio a polêmicas de má gestão do dinheiro de clientes e fraudes que deixaram um prejuízo bilionário até hoje.
Apoiada pela FTX, a Solana sofreu as consequências do ocorrido e sua criptomoeda nativa, a SOL, despencou. Atualmente, a SOL ainda apresenta queda de quase 78% desde sua máxima histórica de US$ 260.
“Com uma evolução notável em soluções apresentadas na Breakpoint, rumores de airdrops de protocolos e com a atividade especulativa dentro da blockchain retornando, mesmo com a queda nos últimos 2 dias, o token SOL ainda tem muito espaço para subir no longo prazo”, afirmou Lucas Josa, analista de criptoativos do BTG Pactual.
“Todavia, para o curtíssimo prazo, o mercado passa por um momento relativamente incerto. Após um grande hype em torno dos ETFs, o mercado cripto pode ver muito em breve mais um aviso de adiamento sobre a decisão da SEC. Nesse momento, isso pode direcionar 2 cenários. O primeiro, uma continuidade na realização de ganhos no mercado, com uma rotação de altcoins para ativos mais consolidados, como o bitcoin. Já o segundo, seria uma continuidade na atividade especulativa para todos os criptoativos, dado que as condições de liquidez a nível global têm melhorado”, acrescentou.
“Isso sinalizaria que o mercado entende que o ETF é apenas uma questão de tempo e que a relação risco-retorno para este momento é favorável a um aumento de alocação em cripto. Sendo assim, os próximos dias devem ser muito decisivos para ditar o ritmo do mercado e seu apetite à risco daqui até o início de 2024. Então, por mais que exista o medo de ficar de fora, é um momento de cautela, principalmente para ativos que subiram muito nas últimas semanas", concluiu Lucas Josa, do BTG Pactual.
Além dos fatores citados, a falida FTX ainda exerce influência sobre a Solana. Isso porque a SOL é uma das criptomoedas que integra a maior parte do caixa da corretora, que segue em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Recentemente, o anúncio de que a FTX iria vender suas criptomoedas fez com que a cotação da SOL despencasse. O processo de venda continua, mas seguindo medidas para evitar um grande impacto no mercado cripto.
Dados da Ouroboros Research mostram que a FTX já vendeu uma boa fatia de suas posições em SOL. A corretora falida vendeu 7 milhões de unidades da criptomoeda, ainda tem 10 milhões para vender e outros 42 milhões bloqueados.
"Dado que a Kroll, empresa de consultoria de riscos responsável pelos fundos da finada FTX, informou em um documento público que as vendas de SOL deverão ser realizadas de modo com que o impacto nos preços seja mínimo, é improvável que essas operações causem pressão vendedora forte o suficiente para ofuscar o recente volume comprador no médio prazo", esclareceu João Galhardo à EXAME.
Um relatório recente da VanEck, gestora de ativos americana, ainda apontou que a SOL pode subir 10.600% até 2030.
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