Future of Money

Site de notícias sobre criptomoedas ligado à Binance pode comprar CoinDesk

Venda estaria sendo considerada pelo Digital Currency Group como uma forma de aliviar os seus problemas financeiros atuais

CoinDesk é um dos principais sites de notícias sobre criptomoedas (Westend61/Getty Images)

CoinDesk é um dos principais sites de notícias sobre criptomoedas (Westend61/Getty Images)

O Marsbit, um site de notícias sobre criptomoedas criado na China e que já recebeu investimentos da Binance, está cogitando fazer uma proposta para comprar o CoinDesk, uma das principais fontes de notícias no mercado cripto, em meio ao interesse do Digital Currency Group (DCG) de se desfazer do veículo.

O criador do Marsbit Wang Feng fez um post no Twitter na última quinta-feira, 19, em que falou sobre a possibilidade pela primeira vez. Ele disse que acredita em um "futuro da indústria de criptoativos e estou disposto a participar de serviços de infraestrutura de maneira prática, não importa se são voltados para negociação ou mídia".

  • Para você que adora ler notícias de crypto, a Mynt é o aplicativo ideal para você. Invista e aprenda sobre crypto ao mesmo tempo com conteúdos descomplicados para todos os públicos. Clique aqui para abrir sua conta.

Wang afirmou ainda que o site, que faz parte do conglomerado Element Finance, estaria disposto a "organizar muitos fundos conhecidos para cooperar na compra do CoinDesk, incluindo seu site sobre criptomoedas e todos os seus negócios de conferência ligados à Consensus". Ele também se colocou à disposição para conversar com outros interessados no negócio.

https://twitter.com/wangfeng_0128/status/1615908646919213056?s=20&t=RRdQOuyEYg8T1qibUtYy3w

O CoinDesk foi criado em 2013 e adquirido alguns anos depois pelo Digital Currency Group, atualmente o maior conglomerado do mercado cripto. Além do site, ele também controla o Grayscale, responsável pelo principal fundo de bitcoin do mundo, e a empresa de negociação de criptoativos Genesis, que declarou falência nos Estados Unidos em 19 de janeiro.

Os problemas financeiros do grupo, mais evidentes com a situação da Genesis, começaram com a combinação de um mercado de baixa e a série de falências iniciadas com o colapso do ecossistema Terra. A situação piorou com a quebra da corretora de criptomoedas FTX, onde a Genesis tinha parte dos seus fundos depositados.

Desde então, a situação da empresa se complicou, e o próprio DCG congelou nesta semana o pagamento de dividendos citando a necessidade de melhorar sua saúde financeira. Os Estados Unidos estão investigando a relação entre o conglomerado e a Genesis, que aparentemente realizavam empréstimos entre si.

Nesse cenário, a venda do CoinDesk começou a ser cogitada pelo conglomerado como uma forma de reduzir gastos e reunir mais fundos para aliviar sua crise. Outro interessado no site de notícias é o fundador do blockchain Cardano Charles Hoskinson, que chegou a dizer no YouTube que o DCG estaria avaliando cobrar US$ 200 milhões pelo negócio.

Já o Marsbit recebeu nos últimos anos uma série de investimentos de empresas importantes no mercado de criptomoedas. O aporte mais famoso foi feito pela Binance, mas o valor não foi divulgado. Além dela, a exchange chinesa Huobi e a empresa de investimentos OK Capital, ligada à corretora OKX. O conglomerado de Wang inclui ainda o marketplace de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) Element Finance.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosCriptomoedas

Mais de Future of Money

'Entendemos que o mundo e a economia serão tokenizados', diz vice-presidente da Visa

'Ninguém pode proibir o bitcoin', diz Putin ao defender alternativas ao dólar

Trump escolhe executivo pró-criptomoedas Paul Atkins como novo presidente da SEC

Fundo de Venture Capital americano investe R$ 17 milhões em fintech brasileira de cripto