Future of Money

Patrocínio:

SICREDI

Seis fatores que podem moldar o futuro das criptomoedas em 2025

Analistas apontam questões macroeconômicas, ETFs, stablecoins e regulação como cruciais para o mercado cripto no próximo ano.

O mercado de criptomoedas encerrou 2024 em alta, impulsionado por ETFs e políticas pró-cripto. (Binance/Divulgação)

O mercado de criptomoedas encerrou 2024 em alta, impulsionado por ETFs e políticas pró-cripto. (Binance/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 11h37.

Última atualização em 27 de dezembro de 2024 às 11h53.

O mercado de criptomoedas encerrou 2024 em alta, marcado por um crescimento expressivo que elevou o valor total do setor para US$ 3,4 trilhões (R$ 21 trilhões), quase o dobro do registrado no ano anterior.

De acordo com a Business Insider, a valorização foi impulsionada pela aprovação de ETFs de Bitcoin e Ethereum e pela eleição de Donald Trump, que nomeou apoiadores do setor cripto para cargos-chave em seu governo.

Entre os destaques do ano, está o marco histórico do Bitcoin, que superou pela primeira vez os US$ 100 mil (R$ 618 mil). Esse desempenho, aliado à entrada de bilhões de dólares nos ETFs cripto, trouxe euforia ao mercado, mas analistas da Citi alertam para os desafios e oportunidades que podem moldar o futuro do setor em 2025.

1. Cenário macroeconômico favorável

Os analistas acreditam que o cenário macroeconômico continuará favorecendo ativos de risco, como as criptomoedas, pelo menos no primeiro trimestre de 2025. Contudo, o ambiente pode mudar dependendo das políticas econômicas do governo Trump e da volatilidade do mercado de ações.

“A incerteza nas políticas dos EUA e a volatilidade projetada para o mercado acionário podem alterar o cenário ao longo do ano”, disseram os analistas.

2. Fluxo contínuo para ETFs de Bitcoin e Ethereum

Desde o lançamento em 2024, os ETFs cripto acumularam fluxos significativos: US$ 36,4 bilhões (R$ 224,9 bilhões) para Bitcoin e US$ 2,4 bilhões (R$ 14,8 bilhões) para Ethereum. A simplicidade oferecida pelos ETFs, que permitem exposição às criptomoedas sem a necessidade de adquiri-las diretamente, é apontada como um dos principais impulsionadores do mercado.

Os analistas esperam que esses fluxos continuem a ser um motor para o crescimento em 2025.

3. Stablecoins como catalisadoras do mercado

Stablecoins, como Tether e Circle, ganharam força após a eleição de Trump, que renovou o entusiasmo no setor. Esses ativos, que mantêm preços estáveis atrelados a moedas fiduciárias, têm potencial para liderar a expansão das finanças descentralizadas (DeFi).

Parcerias recentes, como a de Circle com a exchange Binance, podem desafiar o domínio do Tether. “Mais stablecoins no mercado diversificam os riscos e promovem uma maior adoção de DeFi”, explicaram os analistas.

4. Adoção mais ampla

Embora o mercado tenha mostrado volumes crescentes e capitalização em alta, os analistas apontam que a adoção mais ampla das criptomoedas é essencial para sustentar o crescimento.

Países com problemas cambiais, como Argentina, Turquia e Venezuela, estão no radar, já que têm adotado criptomoedas como alternativas às moedas locais.

5. Alocação em portfólios multiativos

O desempenho do Bitcoin em 2024 demonstrou seu valor em portfólios diversificados. No entanto, os analistas alertam que a volatilidade ainda é um desafio. Para justificar alocações acima de 1%, as criptomoedas precisarão oferecer retornos bem superiores aos de ações tradicionais.

“Alocações maiores requerem compensação de risco com retornos significativos, superiores a 21% em cenários recentes”, disseram os analistas.

6. Regulação menos restritiva

Com Trump no poder, o setor espera uma abordagem regulatória menos rigorosa. O foco deve ser uma legislação mais clara e menos sobre regulação por meio de ações de execução, o que pode impulsionar a adoção. Os analistas da Citi avaliam que a redução dos obstáculos regulatórios será fundamental para o crescimento do setor em 2025.

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasETFsBitcoin

Mais de Future of Money

Bitcoin despenca 17% e encerra fevereiro com maior queda desde quebra da FTX

SEC muda classificação de memecoins e abre porta para ETFs, mas cita riscos do segmento

Rússia adia lançamento de Rublo Digital, mas busca 'adoção em massa' no país

1º líder da Bitget no Brasil quer atrair traders para a corretora: 'Objetivo principal'