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Sam Bankman-Fried, da FTX, é preso nas Bahamas e deve ser extraditado aos EUA

Fundador e ex-CEO da corretora é preso após notificação de acusações criminais pelo governo dos EUA; Bahamas deve seguir com extradição

Sam Bankman-Fried assumiu culpa por colpaso da corretora cripto FTX (Getty Images/Reprodução)

Sam Bankman-Fried assumiu culpa por colpaso da corretora cripto FTX (Getty Images/Reprodução)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 21h00.

Última atualização em 12 de dezembro de 2022 às 21h27.

O fundador e ex-CEO da corretora cripto FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nesta segunda-feira, 12, nas Bahamas, a pedido do governo dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo gabinete do procurador-geral do país caribenho.

Em comunicado oficial, o procurador-geral das Bahamas, Ryan Pinder, diz que a prisão acontece após notificação formal do governo dos Estados Unidos, informando ter feito acusações crimininais contra SBF, como é mais conhecido, e que o país deverá pedir a sua extradição.

"Como resultado da notificação recebida e do material enviado com a mesma, foi considerado apropriado pelo procurador-geral busca a prisão de SBF e mantê-lo em custódia de acordo com a lei de extradição da nossa nação", diz o documento.

No comunicado, o procurado-geral das Bahamas também afirma que assim que os Estados Unidos solicitarem a extradição de SBF, o país "pretende iniciar o processo para isso imediatamente".

O primeiro-ministro bahamense, Philip Edward Davis, afirmou, no mesmo documento, que "as Bahamas e os Estados Unidos compartilham o interesse de responsabilizar todos os indivíduos associados com a FTX que posam ter traído a administração pública e descumprido as leis".

Davis também afirmou que "enquanto os Estados Unidos já fizeram acusações criminais contra SBF individualmente, as Bahamas continuarão suas investigações regulatórias e criminais sobre o colapso da FTX, com a colaboração das autoridades do país e parceiros nos Estados Unidos e em quaisquer outros lugares".

No Twitter, a conta oficial do gabinete do procurador-geral de Nova York publicou uma mensagem confirmando que os Estados Unidos indiciaram Bankman-Fried e solicitaram a prisão do executivo nas Bahamas.

A mensagem é atribuída ao procurador Damian William: "No início da noite, autoridades bahamenses prenderem Sam Bankman-Fried a pedido do governo dos Estados Unidos, baseado no indiciamento feito pelo Distrito Sul de Nova York. Esperamos seguir com o indiciamento na manhã [de terça-feira] e então teremos mais a dizer sobre o assunto".

Sam Bankman-Fried, falência da FTX e prejuízo bilionário

SBF é o principal nome por trás do colapso da corretora cripto FTX, então a segunda maior do mundo, e da Alameda Research, firma de investimentos também criada por ele. O próprio executivo já tinha reconhecido ter cometido uma série de erros na gestão das empresas - o principal deles foi utilizar o dinheiro dos clientes para investimentos alavancados, o que tornou a empresa insolvente.

Apesar da prisão de SBF e do anúncio da intenção do governo das Bahamas de responsabilizar todos os culpados pelo colapso da FTX, a ex-CEO da Alameda Research, Caroline Ellison, não teve sua prisão decretada ou efetivada - ela também vivia nas Bahamas, apesar de ter sido flagrada em Nova York (EUA) há pouco mais de uma semana.

Mesmo antes da confirmação da prisão nas Bahamas, SBF já tinha concordado em participar de uma audiência no Congresso americano. O seu depoimento estava marcado para estar terça-feira, 13. Após a notícia da prisão, não foram divulgadas informações sobre o que acontecerá com a audiência marcada.

O colapso da FTX deixou um prejuízo gigantesco com clientes e investidore, quando o escândalo veio à tona, no início de novembro. O próprio SBF estimou o rombo em cerca de US$ 13 bilhões.

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