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Plataformas como o Drex substituirão instituições tradicionais, diz Campos Neto

Em primeiro evento público após deixar a presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto prevê que “bancos tradicionais serão profundamente abalados por plataformas digitais"

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 26 de março de 2025 às 16h23.

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A “disrupção” do sistema financeiro tradicional já está em curso e os grandes bancos podem ser os mais afetados pela transição para um novo modelo baseado em plataformas digitais, afirmou Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central.

Em sua primeira aparição pública após deixar a liderança da autoridade monetária em um evento promovido pela XP Private Bank, Campos Neto deixou de lado a análise da economia e da política monetária para falar sobre a transformação digital do sistema financeiro, apontando que os bancos tradicionais podem estar com os dias contados.

“Minha maior previsão é a de que bancos tradicionais serão profundamente abalados por bancos de plataformas digitais. É um processo que já está acontecendo e que vai acelerar nos próximos dois anos", afirmou.

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Citando a expansão de fintechs como Nubank, Revolut e Mercury, Campos Neto ressaltou as vantagens competitivas de bancos digitais, cujos custos de atração e retenção de clientes são significativamente mais baixos do que os de instituições tradicionais.

Um dos principais responsáveis pela agenda de inovação do BC, ele acrescentou ainda que esta revolução está sendo liderada pelo Brasil e outros países emergentes. “Ainda se usa talões de cheque nos Estados Unidos", comentou o ex-presidente do BC.

Métodos de pagamento digitais e instantâneos como o Pix – criado e implementado pelo BC sob seu comando – estão fazendo com que os bancos tradicionais percam relevância e valor, afirmou Campos Neto: “O Pix pode ser por aproximação. Eventualmente, terá funções de cartão de crédito. Pagamentos instantâneos estão mudando a forma com que os bancos funcionam".

Ele disse também que serviços de crédito e débito estão sendo incorporados às plataformas digitais, ampliando o acesso ao dinheiro para os usuários finais.

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Drex e criptomoedas

A implementação de moedas digitais de banco central (CBDC) em um futuro próximo causará novas disrupções no sistema financeiro, previu Campos Neto.

Plataformas como o Drex permitirão a integração de todos os serviços financeiros em um único ambiente digital, argumentou Campos Neto. Com isso, os consumidores terão maior controle sobre seus próprios dados e uma maior oferta de serviços que serão distribuídos por meio de novas estruturas comerciais.

“Você não terá no seu celular um aplicativo do banco A, B ou C. Veremos esses marketplaces de finanças em um único aplicativo com todos os seus dados, e você poderá migrar suas informações para diferentes instituições e comparar produtos financeiros para escolher aqueles que ofereçam preços mais baratos", afirmou.

Campos Neto disse ainda que as CBDCs vão promover a integração do sistema financeiro mundial ao viabilizar pagamentos transfronteiriços de forma rápida e eficiente e acrescentarão uma camada de programabilidade ao dinheiro – um recurso introduzido às finanças pelos contratos inteligentes de plataformas como a Ethereum e a Solana.

As criptomoedas terão espaço no sistema visualizado por Campos Neto, mas basicamente apenas as stablecoins. No entanto, ressaltou, é necessário que a regulação institua regras para garantir a veracidade e a transparência das reservas das empresas emissoras, além de salvaguardas para evitar lavagem de dinheiro e financiamento de atividades criminosas.

O relatório da primeira fase do piloto do Drex divulgado recentemente pelo BC ressaltou as dificuldades que os consórcios participantes vêm enfrentando para conciliar os recursos de privacidade, programabilidade e componibilidade do "real digital.”

Ao comentar o desenvolvimento da CBDC brasileira, Campos Neto disse que o aperfeiçoamento das soluções testadas é apenas uma questão de tempo. Apesar das ressalvas do mercado, os testes de privacidade do Drex foram bem sucedidos, segundo executivos do setor.

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