Pix e Drex vão diminuir impressão de dinheiro físico, diz presidente do BC
Roberto Campos Neto destacou que agenda do Banco Central para digitalizar a economia ajuda a reduzir custos
Repórter do Future of Money
Publicado em 11 de agosto de 2023 às 16h56.
Última atualização em 11 de agosto de 2023 às 17h29.
O presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, falou sobre os benefícios do Pix e do Drex , novo nome do Real Digital, durante sua participação em uma audiência no Senado Federal na última quinta-feira, 10. Em sua fala, ele destacou a importância do projeto para a digitalização da economia, reduzindo a circulação de papel moeda e cortando custos.
Segundo Campos Neto , o Brasil tem atualmente cerca de 285 bilhões de notas de papel-moeda em circulação, mas as medidas adotadas pela autarquia têm ajudado a reduzir esse número. Em 2022, a queda no total em circulação foi de 10 bilhões de unidades. "Com o dinheiro digital, a gente tende a acelerar isso", explicou o presidente do BC.
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Ele comentou ainda que "hoje a gente tem uma economia grande porque a gente não precisa gastar tanto tempo, tanto dinheiro, imprimindo papel-moeda. Por outro lado, a gente gasta em tecnologia. O Pix tem um custo de manutenção que vai subindo, porque a gente tem 140 milhões de negociação por dia".
Na visão de Campos Neto, a digitalização do dinheiro traz um "aumento de eficiência" para a economia. O Banco Central tem incentivado esse processo por meio de projetos como o Pix, o Open Finance e agora o Drex, que será a versão digital do real e que buscará modernizar a infraestrutura de transferências e negociações no mercado financeiro.
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Digitalização com inclusão
Ao mesmo tempo, o presidente do Banco Central destacou que 30% da população ainda recebe salário em espécie, mostrando a importância de ter uma "preocupação muito grande" em garantir uma inclusão da população conforme a digitalização avança.
Na visão de Campos Neto, a digitalização "tende a acelerar" conforme as medidas apresentadas pela autarquia ganham espaço na sociedade. Ele destacou que, hoje, 92% das pessoas com contas bancárias usam o Pix diariamente. "À medida que isso acontece, o papel-moeda tende a diminuir", avalia.
Sobre o Drex, ele explicou que o projeto "vai permitir uma melhora na parte de contratos, registros, tokenização, uma forma mais eficiente de negociação de ativos digitais, financeiros e não financeiros, e melhora o controle de risco e liquidação". Para os próximos meses, Campos Neto garantiu que a autarquia vai buscar "melhorar o Pix e fazer o Drex".
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