Pesquisa revela as melhores cidades para trabalhar e viver com criptomoedas; confira
Zug, uma cidade na Suíça com menos de 24 mil habitantes, liderou a lista, com destaque para clareza regulatória e oportunidades de emprego
Redação Exame
Publicado em 28 de junho de 2023 às 14h40.
Última atualização em 28 de junho de 2023 às 14h47.
Quais são as cidades mais amigáveis para o setor de criptomoedas no mundo? Essa é a pergunta que o estudo "Crypto Hubs 2023" busca responder. A iniciativa, desenvolvida pelo site CoinDesk, reuniu as 15 melhores cidades para os entusiastas de cripto, pensando em critérios como abertura regulatória, inovação e presença de empresas ligadas ao segmento. Na lista, estão centros globais como Nova York , Dubai e Londres.
Mas a liderança não ficou com nenhuma dessas cidades. O primeiro lugar foi de Zug, uma cidade na Suíça com menos de 24 mil habitantes. Para o CoinDesk, a cidade reúne todos os quesitos: "clareza regulatória, bancos amigáveis ao setor cripto e um mercado de trabalho em cripto e calendário de investimentos aquecidos".
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A pesquisa atribui boa parte desse sucesso ao fato de a cidade ser a origem da Ethereum , um dos principais blockchains do mercado de criptomoedas. Foi em Zug que Vitalik Buterin e outros desenvolvedores lançaram a rede, que hoje é uma das mais usadas no mundo. Ao mesmo tempo, o governo da Suíça tem adotado uma postura amigável para o setor, o que é positivo pensando em regulação.
Desde então, a cidade tem se esforçado para se tornar o "Crypto Valley", em referência ao Vale do Silício , que concentra gigantes e startups do setor de tecnologia. Ao longo dos anos, Zug realizou experimentos como pagamentos de impostos com bitcoin, investimento em um centro de blockchain e incentivos a bancos locais para cripto. Com isso, ela se consolidou como sede dos projetos Ethereum, Cardano e Cosmos.
O segundo lugar ficou com a cidade-estado de Singapura, descrita pelo levantamento como um "centro na Ásia para a riqueza do setor de criptomoedas que está pronto para reiniciar" sua relação com o setor, após um distanciamento nos últimos anos. A medalha de bronze ficou com Londres, descrita como "a capital mundial de corretoras estrangeiras que adicionou as criptomoedas ao seu sistema".
O quarto lugar ficou com Seul, na Coreia do Sul, que é vista pelo CoinDesk como a "capital do mercado cripto de varejo", mas que ainda está tentando superar os danos reputacionais da quebra do ecossistema Terra/Luna e da prisão de seu criador, Do Kwon, que é sul-coreano. Atualmente, o empresário está preso em Montenegr o após passar meses foragido.
Europa e América do Norte
Fechando o top 5 está Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O levantamento destaca o esforço que os reguladores da capital têm empregado para criar regras claras e amigáveis ao setor de criptomoedas, lançando uma divisão específica para o tema para "se tornar uma potência financeira global". Também nos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi ficou na sexta posição, sendo vista como uma ponte entre o setor cripto e o de finanças tradicionais.
Apesar dos recentes movimentos dos reguladores americanos, os Estados Unidos são o país com mais hubs na lista. Ela inclui o estado de Wyoming como um todo ⏤ elogiado pelo esforço de clareza regulatória e reunião de bancos favoráveis ao setor ⏤, o próprio Vale do Silício ⏤ localizado no estado da Califórnia ⏤ e as cidades de Austin, no Texas, Los Angeles ⏤ com destaque para a ligação entre Web3 e economia criativa ⏤ e Nova York. Ainda na América do Norte, a cidade de Vancouver, no Canadá, ficou com o 13º lugar.
A Europa também conta com outros representantes na lista além da capital do Reino Unido. Berlim, capital da Alemanha, ficou na décima posição, citada como um centro para as finanças descentralizadas ( DeFi , em inglês). Já as capitais da Eslovênia ⏤ Liubliana ⏤ e de Portugal ⏤ Lisboa ⏤ obtiveram a 14ª e 15ª posições, respectivamente.
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