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Open Finance e a revolução do consentimento

A importância da capacitação dos usuários no controle de dados por meio de soluções tecnológicas

Big data concept (Getty Images/Reprodução)

Big data concept (Getty Images/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 4 de novembro de 2023 às 10h00.

Por Wagner Martin*

No cenário financeiro atual, uma transformação significativa está ocorrendo com a ascensão do conceito de Open Finance. Esse movimento está redefinindo a maneira como os consumidores interagem com seus dados financeiros e como as instituições fornecem serviços.

No cerne dessa revolução encontra-se a capacidade de compartilhar informações pessoais por meio de soluções tecnológicas avançadas. O compartilhamento seguro de dados pessoais está se tornando o diferencial fundamental no ecossistema e as soluções tecnológicas estão impulsionando essa mudança.

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Open Finance visa promover a interoperabilidade e a transparência no setor financeiro e o Brasil está na vanguarda quando olhamos para a América Latina, sendo um dos países mais avançados da região na implementação desse sistema.

Com mais de dois anos de operação no Brasil, o Open Finance registrou 17,3 milhões de consentimentos de clientes para compartilhar seus dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras participantes, segundo dados da Febraban.

Essas informações são usadas para oferecer ao consumidor melhores ofertas de produtos e serviços personalizados, com melhores custos. No mesmo período, também foram registradas 10,8 bilhões de comunicações bem-sucedidas entre as instituições que compõem o sistema de troca de informações.

O sistema abrange uma gama ampla de dados financeiros, incluindo investimentos, seguros, pensões e muito mais. A premissa principal do sistema é a capacidade de compartilhar informações financeiras entre várias instituições de forma segura e consentida pelo usuário.

Em um mundo onde os consumidores têm múltiplas contas financeiras e serviços, o compartilhamento seguro de dados permite uma visão abrangente de sua saúde financeira. Isso facilita a tomada de decisões, o gerenciamento eficaz de fundos, a identificação de oportunidades de economia e investimento, e uma compreensão mais clara de seus objetivos financeiros.

Para os bancos, o ecossistema gera valor principalmente porque viabiliza a oferta de produtos mais assertivos, além do melhor conhecimento sobre o contexto do cliente. Do ponto de vista dos usuários, é importante que haja disponibilidade de experiências tecnológicas apropriadas no setor financeiro para que seus objetivos sejam atingidos. A chave está na oferta de soluções flexíveis que tornem isso realidade.

Nesse sentido, as soluções tecnológicas desempenham um papel crucial na viabilização do compartilhamento seguro de informações pessoais no contexto do Open Finance, garantindo segurança avançada, consentimento do usuário, agilidade, eficiência, personalização de serviços e inovação contínua.

O principal objetivo das novas soluções é ajudar as instituições a oferecerem aos seus clientes um serviço descomplicado, consistente, seguro e sem limitações geográficas, que permite fidelizar clientes e ampliar oportunidades. O painel de consentimento é um exemplo disso.

O Painel de Consentimento permite que as pessoas escolham quais dados compartilhar, com quais instituições e por quanto tempo. Por meio da funcionalidade, com o intuito de facilitar o compartilhamento de dados no contexto do Open Finance, é possível fornecer aos clientes de bancos e fintechs um processo mais simples, seguro e transparente.

Apesar dos benefícios evidentes, o Open Finance enfrenta desafios significativos. A privacidade dos dados e a confiança do usuário são preocupações primordiais. Além disso, a padronização dos protocolos de compartilhamento e a conformidade regulatória são questões complexas que precisam ser abordadas para garantir a adoção ampla e segura do sistema.

A adesão pelos bancos de soluções que garantam a transparência e controle tornará o processo mais gerenciável, permitindo que o cliente se sinta verdadeiramente dono dos seus próprios dados. Hoje muita gente não dá consentimento porque não sabe como será esse processo e os bancos que primeiro demonstrarem as vantagens por meio de soluções seguras e eficientes serão os primeiros escolhidos neste mercado em franca expansão.

*Wagner Martin é vice-presidente de negócios da Veritran, empresa global de tecnologia dedicada a simplificar as experiências bancárias. Wagner possui mais de 15 anos de experiência no setor de tecnologia, com amplo conhecimento de meios de pagamentos digitais, serviços comerciais, autogestão de clientes e operações de vendas e pós-venda.

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