Future of Money

Novo fundo tokenizado da BlackRock atrai mais de R$ 1 bilhão em sete dias

Maior gestora do mundo lançou em março seu primeiro fundo em blockchain, ligado à Ethereum, em passo importante para o mercado

BlackRock intensificou ações na área de criptoativos (Bloomberg/Bloomberg)

BlackRock intensificou ações na área de criptoativos (Bloomberg/Bloomberg)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 1 de abril de 2024 às 15h00.

Última atualização em 1 de abril de 2024 às 18h30.

O novo fundo tokenizado de investimentos lançado pela BlackRock em 20 de março atraiu mais de US$ 245 milhões (R$ 1,2 bilhão, na cotação atual) em capital nos seus sete primeiros dias de funcionamento. A iniciativa é a primeira do tipo realizada pela gestora, a maior do mundo em ativos sob gestão.

Os dados que indicam o desempenho bilionário do fundo são da plataforma Etherscan. Como o fundo foi inserido no blockchain Ethereum, é possível usar a ferramenta para monitorar os fluxos de compra e venda e entrada de capital do novo projeto da BlackRock.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Dados mais atualizados indicam que, até esta segunda-feira, 1º, o fundo soma US$ 274 milhões em investimentos, com um total de 30 transferências realizadas para oito endereços de carteiras digitais. Entretanto, não há como saber quem são esses investidores ou se as carteiras são controladas pela mesma pessoa.

O novo fundo, batizado de BlackRock USD Institutional Digital Liquidity Fund, realiza investimentos em moedas fiduciárias, acordos de recompra e títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A compra de participação no fundo gera o recebimento de um token próprio, o BUIDL, que fica registrado na Ethereum.

A BlackRock definiu que cada token do fundo terá um valor fixo de US$ 1. Os tokens podem ser transferidos para endereços validados de redes blockchain por meio de carteiras digitais específicas da empresa Securitize, que é a parceira da gestora na iniciativa pioneira de tokenização.

O analista Tom Wan, da gestora 21Shares, acredita que "com o crescimento do BUIDL, nós provavelmente veremos um mercado de US$ 1 bilhão em títulos tokenizados do Tesouro dos EUA muito em breve". Segundo a BlackRock, o foco inicial da iniciativa será em investidores institucionais de grande porte.

Por outro lado, nem todo o capital já atraído pelo fundo da BlackRock é de investidores. Uma transação registrada na Ethereum também sinaliza que o fundo foi alimentado com US$ 100 milhões em USDC, uma stablecoin que acompanha o dólar norte-americano, em um processo conhecido como “seed”.

O lançamento do fundo tokenizado representa mais um passo da BlackRock no mundo dos ativos digitais. Também neste ano, a gestora lançou um fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) de preço à vista em bitcoin, que no momento tem tido a melhor performance dentre os ETFs de bitcoin autorizados.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BlackRockTokenizaçãoEthereumBlockchain

Mais de Future of Money

Jogadores entram em desafio para "convencer" IA a dar R$ 240 mil em criptomoedas

Mercado de stablecoins chega a novo valor recorde e ronda US$ 200 bilhões

O que fazer quando o bitcoin bater US$ 100 mil? Especialista do BTG responde

Ethereum “subiu como uma bala” e pode superar performance do bitcoin, diz analista do BTG