Dogecoin é uma das criptomoedas para ficar de olho em março (Reprodução/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 3 de abril de 2023 às 14h11.
Última atualização em 4 de abril de 2023 às 18h01.
Uma proposta para financiar a Arbitrum Foundation com 750 milhões de tokens ARB - equivalentes a quase US$ 1 bilhão - gerou uma grande polêmica na comunidade de investidores da criptomoeda neste fim de semana, quando a Fundação anunciou que estava apenas ratificando uma decisão que já havia sido tomada, sem votação prévia da comunidade.
O conflito ocorreu depois de alguns dias em que o protocolo da camada 2 lançou o ARB, seu token de governança. A ideia era que os detentores tivessem direito a voto nas decisões sobre mudanças no Arbitrum, um dos principais blockchains do mercado, concluindo um processo de descentralização da rede pela criação de comunidades autônomas descentralizadas (DAOs, na sigla em inglês).
De acordo com a proposta da Arbitrum Foundation - criada pelos fundadores do projeto -, os 750 milhões de criptomoedas seriam usados para cobrir "subsídios especiais, reembolsando provedores de serviços aplicáveis [...] e cobrindo custos administrativos e operacionais contínuos da Fundação Arbitrum". Entre os detentores de tokens, mais de 80% foram contra a mudança.
Depois de enfrentar a reação dos membros da comunidade, a Fundação disse em um post que o plano tinha sido disponibilizado para consulta como uma ratificação, não uma proposta. Ela também observou que parte dos tokens já foram convertidos para stablecoins. Em outras palavras, seu orçamento e alocações bilionários não estariam sujeitos a um processo de governança pelos investidores.
A Arbitrum Foundation afirma que a primeira tentativa de governança do token falhou devido a problemas de comunicação e decisões que "claramente não foram articuladas corretamente": "Um dos erros na redação do AIP-1 foi não observar desde o início que esta proposta pretendia funcionar como uma ratificação da configuração inicial da Arbitrum DAO e da Fundação que foi criada para servir à DAO . [...] O objetivo do AIP-1 era informar a comunidade de todas as decisões que foram tomadas com antecedência".
Comentando sobre o fórum de governança, os membros da comunidade apontaram que a equipe da Arbitrum "tem descartado tokens que foram inicialmente informados à comunidade como tokens bloqueados", alegando que "todas as páginas de tokenonomics mostram apenas criptomoedas de airdrop do usuário e DAOs como desbloqueados", com os "tokens restantes previstos para serem desbloqueados em março de 2024".
Após as críticas, a criptomoeda da Arbitrum iniciou um forte movimento de queda, com desvalorização de 10%. Após os esclarecimentos da Arbitrum Foundation, porém, o ativo aliviou a queda, mas segue acumulando uma perda de mais de 8% nos últimos sete dias, apontam dados do site CoinGecko.
Outros destacaram que, de acordo com as leis de valores mobiliários dos Estados Unidos, a venda antecipada seria considerada fraude, e que os cidadãos americanos que compraram tokens ARB ou reivindicaram o airdrop "são elegíveis para recursos legais".
"Estarei investigando isso com meus advogados e espero abrir um processo por fraude de valores mobiliários nos próximos dias. [...] Imediatamente, a Arbitrum Foundation é aconselhada a interromper todas as vendas ilegais do token que estão sendo feitas sem qualquer autorização e contra as disposições da lei", disse um membro da comunidade.
O blockchain da Arbitrum detém 65% da participação de mercado da camada 2 da Ethereum, de acordo com dados do site de análise L2Beat. O tão esperado lançamento e distribuição gratuita de sua criptomoeda de governança nativa ocorreu em 23 de março, com centenas de milhares de usuários qualificados e DAOs reivindicando ARBs.
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