Litecoin é a 12ª maior criptomoeda do mercado (allanswart/Thinkstock)
Repórter do Future of Money
Publicado em 2 de agosto de 2023 às 18h30.
A criptomoeda litecoin concluiu nesta quarta-feira, 2, o seu novo "halving", um evento que ocorre a cada quatro anos, aproximadamente. Em geral, os halvings resultaram em valorizações significativas no preço do bitcoin, mas com desempenho misto para o litecoin. Dados da plataforma CoinGecko apontam que ele acumula a segunda maior perda do mercado nas últimas 24 horas.
Criado em 2013, o litecoin possui um blockchain próprio e foi idealizado como um "fork", semelhante a uma cópia do bitcoin. A ideia dos criadores era que, se o bitcoin realmente se tornasse um "ouro digital", o litecoin seria uma "prata digital", replicando a relação entre os dois minérios. Por isso, sua estrutura e funcionamento é bastante semelhante à da maior cripto do mercado.
A principal diferença entre os dois ativos está na capitalização total. Enquanto a do bitcoin é estimada em US$ 566,6 bilhões, com uma cotação de US$ 29.133 por criptomoeda, a cotação atual do litecoin é de US$ 87,59, com uma capitalização total de US$ 6,43 bilhões. Com isso, ele é atualmente a 12ª maior cripto do mercado, considerando o ranking elaborado pelo CoinGecko.
O criador do litecoin, Charlie Lee, copiou diversas partes do código do bitcoin para criar a sua própria criptomoeda. Entre elas está o funcionamento do halving: a cada quatro anos, o blockchain passa por um processo que reduz pela metade a quantidade de litecoins enviada a mineradores como recompensa pela atividade de mineração, que envolve a validação de transações na rede.
Com o novo halving, agora a recompensa para mineradores é de 6,25 unidades da criptomoeda por bloco gerado na rede. Cada bloco comporta uma quantidade limite de transações, que são validadas pelos mineradores em uma fila que privilegia os usuários dispostos a pagarem taxas maiores, que também acabam sendo uma forma de recompensa.
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Historicamente, os halvings se tornaram eventos importantes para o preço do bitcoin, que já passou pela redução de recompensas em três ocasiões e teve, logo em seguida, valorizações significativas na sua cotação. O próximo halving está previsto para abril de 2024. Já no caso do litecoin, o impacto nos preços tem sido misto, considerando seus dois halvings anteriores.
Em setembro de 2015, quando o primeiro halving ocorreu, o litecoin teve alguns meses de estabilidade, seguidos por uma forte valorização. Já em maio de 2019, data do segundo halving, o comportamento foi inverso: o ativo perdeu valor de mercado após a redução pela metade nas suas recompensas. Até o momento, o efeito do terceiro halving também parece ser negativo.
O motivo é que as vantagens do halving para o preço do ativo dependem de uma continuidade de demanda alta. Nesse cenário, a redução de oferta graças às recompensas menores impulsionam os preços. Mas, se a demanda cair, o preço acaba caindo junto.
No caso do litecoin, especialistas alertam que as recompensas menores podem afastar mineradores e reduzir a segurança e agilidade da rede, o que também afastaria usuários e prejudicaria o ativo. Entretanto, ainda é cedo para dizer com clareza qual será o efeito prático do novo halving no preço da criptomoeda.
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