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JPMorgan expande rede blockchain própria e começa a processar transações em euro

Criado em 2020, o Onyx já era usado para processar transações com a moeda digital própria do banco partindo de conversões em dólar

JPMorgan está explorando aplicações para a tecnologia blockchain (Getty Images/Reprodução)

JPMorgan está explorando aplicações para a tecnologia blockchain (Getty Images/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de junho de 2023 às 17h06.

Última atualização em 23 de junho de 2023 às 18h05.

O JPMorgan anunciou nesta sexta-feira, 23, a expansão do Onyx, sua rede blockchain própria, e vai usar o sistema para processar transações em euro de seus clientes. A novidade foi lançada na quarta-feira, 21, com um teste bem-sucedido realizado pela Siemens, uma das principais empresas de tecnologia da Europa.

As transações em euro são processadas a partir da conversão para a JPM Coin, uma moeda digital própria criada pelo banco para permitir transações no ambiente blockchain. Lançada em 2019, ela já permitia conversões para o dólar, e agora contará também com uma opção de conversão para euro, abrindo espaço para outras empresas usarem o serviço.

A expansão foi confirmada para a Bloomberg por Basak Toprak, chefe do Coin Systems para a Europa, Oriente Médio e África. Um representante da Siemens também confirmou a transação, que teria sido transfronteiriça. De acordo com o JPMorgan, US$ 300 bilhões em transações já foram processados pela JPM Coin desde o seu lançamento. Diariamente, o banco processo quase US$ 10 trilhões.

O objetivo do Onyx e da JPM Coin é permitir que clientes de atacado como grandes multinacionais possam realizar transferências em dólar ou euro para diferentes contas ao redor do mundo, substituindo os "trilhos" tradicionais do mercado para a realização de transferências pela tecnologia blockchain. A JPM Coin pode ser usada a qualquer momento, sem interrupção, ao invés de serviços tradicionais que só operam no horário comercial.

Para Toprak, outra vantagem do sistema é a capacidade de gerenciar melhor a liquidez e realizar pagamentos antes do prazo. Além disso, as transações também costumam ser executadas mais rapidamente que nas opções tradicionais. "Há benefícios de custo ao pagar no momento certo. As empresas podem ganhar mais juros sobre seus depósitos", ressaltou Toprak.

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Interesse em blockchain

Em 5 de junho, o JPMorgan também anunciou uma parceria com seis grandes bancos da Índia para introduzir o Onyx no país. A instituição vai executar um projeto piloto pelos próximos meses para analisar a experiência dos bancos. Já em novembro do ano passado, o banco participou de sua primeira transação em um blockchain externo, o Polygon.

O JPMorgan tem sido um dos bancos mais interessados em explorar o potencial da tecnologia blockchain para modernizar o sistema mundial de pagamentos. Mas ele não é o único. Um de seus principais rivais, o Goldman Sachs, se juntou a um grupo de mais de 30 empresas de destaque no mercado financeiro e outras áreas da economia mundial para lançar a Canton Network.

A Canton Network promete ser um blockchain especializado na negociação de ativos institucionais e às demandas do setor financeiro para a tecnologia. Entre os nomes que integram a iniciativa também estão a Microsoft e a Moody's. De acordo com um comunicado divulgado pelas empresas, a rede "fornecerá uma infraestrutura descentralizada que conecta aplicativos independentes criados com Daml", uma linguagem de contrato inteligente desenvolvida pela empresa Digital Asset. O grupo de gigantes do mercado pretende explorar as vantagens da tecnologia blockchain e usá-la em suas operações.

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