Popularidade do ChatGPT também incentiva golpes (Olemedia/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 4 de maio de 2023 às 10h25.
Última atualização em 4 de maio de 2023 às 11h22.
A popularidade do ChatGPT faz com que as pessoas busquem cada vez mais usar a ferramenta e aproveitar as vantagens trazidas por ela, mas também abriu espaço para a atuação de golpistas. A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, destacou em um relatório recente com golpes envolvendo a inteligência artificial não apenas estão em alta, mas também possuem semelhanças com os de criptomoedas.
Um relatório divulgado pela gigante de tecnologia revelou que, apenas no mês de março, a companhia identificou dez grupos de vírus que usavam o ChatGPT e assuntos ligados ao tema para atacar contas na internet. Além disso, mais de mil links maliciosos foram bloqueados nas redes sociais da empresa no mesmo período.
Em geral, os golpes identificados pela Meta envolem a divulgação de falsos aplicativos e extensões para navegadores que prometem acesso ao ChatGPT para realizar determinadas operações. Mesmo quando essas funcionalidades existem, o foco principal é em roubar dados dos usuários.
Para o chefe de segurança da Meta, Guy Rosen, os criminosos estão se aproveitando do crescente interesse nas inteligências artificiais generativas. Nesse sentido, ele comparou os golpes com os que usam criptomoedas: "vimos isso ocorrer com outros temas populares, como golpes envolvendo criptomoedas, alimentados pelo imenso interesse em moedas digitais".
Por isso, Rosen afirmou que, na visão dos golpistas, "o ChatGPT é o novo cripto". A Meta identificou ainda que os criminosos têm focado na obtenção de dados para ganhar acesso a páginas de empresas ou então de anúncios, já que em geral elas estão vinculadas a um cartão de crédito que pode ser usado por eles.
Gustavo Mee, especialista em inteligência artificial, destaca que, em apenas dois meses, "o ChatGPT atingiu um marco histórico, conquistando a marca de 100 milhões de usuários e quebrando todos os recordes. Com essa incrível onda de popularidade, é inevitável que golpistas tentem se aproveitar do fenômeno. Este cenário se assemelha ao que testemunhamos com criptomoedas e NFTs".
"Tenho realmente visto muitos aplicativos e extensões falsas que se disfarçam de ChatGPT, portanto, é fundamental seguir especialistas e apenas clicar em links oficiais para não cair em golpes", recomenda.
Para tentar reduzir esses golpes, a Meta planeja lançar contas específicas para empresas, chamadas de "Meta Work". A ideia é que essas contas permitam usar as ferramentas corporativas do Facebook sem precisar vincular a página a uma conta individual.
"Isso ajudará a manter as contas comerciais mais seguras nos casos em que os invasores começarem os ataques pelo comprometimento de uma conta pessoal”, afirmou a empresa em comunicado. Os testes dessas novas contas deverão começar ainda em 2023.
A Meta também pretende desenvolver novas ferramentas para melhorar sua capacidade de detectar e remover vírus. O projeto "orienta as pessoas com um passo a passo sobre como identificar e remover malwares, incluindo o uso de ferramentas antivírus de terceiros".
Mas os golpistas não têm usado apenas o Facebook para realizar golpes envolvendo o ChatGPT. O site Bleeping Computer revelou que uma extensão para o navegador Chrome, do Google, promete uma integração com a inteligência artificial, mas tem sido usado para roubar dados dos usuários. Também foram reportados usos de inteligência artificial para criar áudios falsos e enganar pessoas com golpes simulando sequestros.
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