Sam Bankman-Fried está em prisão domiciliar desde dezembro de 2022 (Bloomberg/Getty Images)
O ex-CEO da FTX Sam Bankman-Fried se declarou inocente de todas as acusações criminais que recaem sobre ele nos Estados Unidos relacionadas ao colapso da corretora de criptomoedas que fundou, incluindo fraude eletrônica, fraude de valores mobiliários e violações das leis de financiamento de campanhas eleitorais.
Vários observadores no Tribunal dos Estados Unidos no Distrito Sul de Nova York relataram que os advogados de Bankman-Fried haviam se declarado inocentes em nome do empresário em sua primeira aparição no tribunal desde dezembro. Ele enfrenta oito acusações criminais, que podem resultar em 115 anos de prisão caso seja condenado.
A promotora adjunta Danielle Sassoon, que atua no caso contra o ex-executivo da FTX, teria dito que sua equipe pretendia fornecer aos advogados de SBF documentos com provas nas próximas duas semanas. A Reuters informou que Sassoon espera um julgamento de quatro semanas, que os registros do tribunal mostraram estar marcado para 2 de outubro.
O ex-CEO da FTX está em prisão domiciliar na casa de seus pais na Califórnia desde 22 de dezembro, mas voltou a Nova York para a audiência de confissão.
O juiz Lewis Kaplan também estipulou que a liberdade de Bankman-Fried dependia dele não acessar ou transferir qualquer criptomoeda ou ativos da FTX ou da Alameda — provavelmente em resposta a relatos de que ele havia transferido fundos das carteiras da Alameda enquanto estava em casa.
Na mesma audiência, o juiz acatou um pedido da equipe jurídica de SBF para omitir informações sobre a identidade dos outros indivíduos que atuaram como fiadores para garantir os US$ 250 milhões estipulados como fiança. Os pais de Bankman-Fried teriam sido "alvo de intenso escrutínio da mídia, assédio e ameaças" desde que se tornaram fiadores do filho em dezembro.
O caso da promotoria contra SBF alega que ele e outros executivos da FTX usaram ativos depositados na corretora de criptomoedas para financiar investimentos por meio da Alameda Research sem o consentimento ou conhecimento de clientes ou investidores. A exchange entrou com um pedido de falência em 11 de novembro.
O cofundador da FTX Gary Wang e a ex-CEO da Alameda Caroline Ellison já se declararam culpados de acusações relacionadas, com a última alegando que a FTX atuou como uma "facilitadora de empréstimos" para a Alameda de 2019 a 2022. John Ray assumiu o cargo de CEO da FTX em meio ao processo de falência e também prestou depoimentos aos legisladores em uma audiência em dezembro explorando o colapso da empresa.
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