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Evolução que aconteceu na internet chegará à indústria financeira, diz André Portilho, do BTG

Executivo responsável por área de ativos digitais do maior banco de investimentos da América Latina aponta motivos para adoção da tecnologia blockchain no setor tradicional durante evento da Febraban

Tokenização de ativos é tema explorado por bancos em todo o Brasil (alengo/Getty Images)

Tokenização de ativos é tema explorado por bancos em todo o Brasil (alengo/Getty Images)

A tokenização no setor bancário pode trazer uma série de benefícios em um movimento de evolução que já estaria começando a acontecer, apontou André Portilho, head de Digital Assets no BTG Pactual durante a Febraban Tech 2022.

“A tokenização promove ganho de eficiência, escala e interoperabilidade”, disse o executivo. Segundo ele, a evolução da internet vai chegar também à indústria financeira. “Já está acontecendo”, acrescentou.

O evento, realizado pela Febraban em parceria com o Mercado Bitcoin nesta quinta-feira, 17, tratou das oportunidades da tokenização de ativos com uma série de especialistas. Participaram do debate Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, Juliana Facklmann, diretora de Assuntos Regulatórios do Mercado Bitcoin, George Marcel Smetana, especialista do innovabra (Bradesco), além de Portilho.

(Mynt/Divulgação)

O brasil estaria na vanguarda do movimento de evolução da indústria financeira graças ao seu apelo pela tecnologia, concordaram os convidados.

Isso porque o país possui um vasto histórico de adoção às novas tecnologias frente a outras regiões do mundo. O serviço de caronas da Uber e o Pix, desenvolvido de forma pioneira pelo próprio Banco Central foram citados como exemplos de situações em que o brasileiro foi considerado um “early adopter”, ou seja, uma população que adota as novidades com antecedência e aposta em seu potencial.

As mudanças na tecnologia podem chegar também à indústria financeira, segundo André Portilho. Citando as diferenças no processo de realizar transmissões ao vivo atualmente contra o que era há algumas décadas, o executivo afirmou acreditar que a tecnologia desintermediará uma série de processos agora necessários no setor financeiro.

“Antes havia uma proposta de disrupção e destruição total do sistema bancário vigente. Hoje a gente vê que não é bem assim, e conseguimos criar soluções de pagamento dentro da governança do modelo de negócio que tem sido validado há muitos anos pela operação bancária”, acrescentou Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin.

Os benefícios propostos pela tokenização podem ser ainda melhor aproveitados no setor bancário caso a regulação dos criptoativos seja aprovada no Brasil. “Regulação é abrir as portas para o mercado cripto, e abrir as portas para o mercado cripto é abrir as portas para dinheiro, volume”, disse Juliana Facklmann, diretora de Assuntos Regulatórios do Mercado Bitcoin.

Intitulado “Oportunidades da tokenização de ativos”, o debate foi transmitido online e moderado por Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.

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