Exame Logo

Corretoras cripto descentralizadas ainda movimentam maioria das transações em blockchain

Estudo mostra que diferença diminuiu desde o pico de 2021, mas corretoras descentralizadas (DEXs), guiadas por adoção de DeFi, respondem pela maioria das transações com criptomoedas

DeFi é a principal razão para aumento na participação de corretoras descentralizadas no mercado cripto (putilich/Getty Images)
GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 6 de junho de 2022 às 15h58.

Última atualização em 6 de junho de 2022 às 16h37.

Um levantamento da plataforma de análise Chainalysis mostra que as corretoras descentralizadas de criptomoedas, as chamadas DEX (de "Decentralized Exchange"), respondem por 55% de todas as transações realizadas em blockchain, ante 45% das corretoras centralizadas, como Binance, FTX e Coinbase, entre outras.

-(Mynt/Divulgação)

Veja também

De acordo com a pesquisa, entretanto, o total de dinheiro movimentado pelos dois tipos de corretora foi ainda mais divergente, com uma vantagem maior para as DEXs. Entre abril de 2021 e abril de 2022, as corretoras descentralizadas movimentaram US$ 224 bilhões, 28% mais do que as CEXs (de "Centralized Exchanges"), que movimentaram US$ 175 bilhões.

A primeira vez que as DEXs movimentaram mais dinheiro do que as CEXs foi em setembro de 2020, mas as corretoras centralizadas retomaram o protagonismo nos meses seguintes. Em janeiro de 2021, novamente as DEXs assumiram a liderança, que mantêm até hoje — em junho de 2021, a participação das exchanges descentralizadas chegou a incríveis 80%.

Tanto esse número expressivo do ano passado, que deixou as corretoras centralizadas com apenas um quinto do volume total movimentado no mercado cripto, quanto a divisão atual, que dá 55% do mercado para as DEXs tem nas aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) o seu maior impulso.

"Nos últimos cinco anos, as exchanges descentralizadas surgiram como uma maneira programática e de autocustódia para os investidores de criptomoedas negociarem", diz o texto da Chainalysis. "A especulação orientada por DeFi empurra os volumes de transações das exchanges descentralizadas no blockchain para além das plataformas centralizadas".

As exchanges descentralizadas atuam de forma automática, sem intermediários. Sua programação permite que usuários comprem, vendam, emprestem e acessem uma série de serviços realizados apenas com interações programadas e contratos inteligentes. Como não tem um intermediário em busca de lucro, as operações podem ser mais baratas nas plataformas descentralizadas. Por outro lado, a falta de atendimento e suporte, a complexidade técnica e a interface menos amigável tornam esse tipo de corretora menos atrativa para usuários menos avançados.

"A manutenção da liderança do mercado cripto pelas DEXs vai depender de uma série de fatores, como a sua capacidade de oferecer taxas mais baixas e preços mais justos do que suas contrapartes centralizadas; se elas enfrentarão maior escrutínio regulatório; e se elas podem mudar comportamentos convencionais e 'mainstream' em favor de mais automação, desintermediação e autocustódia", prevê o estudo. "À medida que a competição em DeFi se intensifica, será interessante ver como CEXs e DEXs podem continuar convergir e se diferenciar".

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCriptoativosCriptomoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Future of Money

Mais na Exame