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Ciclo de alta do bitcoin está apenas no início, diz Adam Back, CEO da Blockstream

Desenvolvedor, que já foi especulado como possível nome por trás de Satoshi Nakamoto, disse que bitcoin continuará subindo

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 18h00.

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Depois de bater um novo recorde de preço, de US$ 109 mil, nas primeiras semanas de janeiro de 2025, o bitcoin tem tido dificuldade para retomar um patamar acima dos US$ 100 mil, operando com forte lateralidade. Mas para Adam Back, CEO da Blockstream e um dos nomes mais famosos do mercado cripto, o ciclo de alta da criptomoeda está apenas no início.

Back falou sobre o tema em uma entrevista para o canal CNBC. Ele afirmou que "com certeza estamos nos primeiros estágios do ciclo de alta". Segundo o empresário e desenvolver, "geralmente, o ciclo de alta se estende por um período posterior ao halving, então ainda estamos no início".

O halving é um evento que ocorre a cada quatro anos, quando a quantidade de bitcoins gerados pelo processo de mineração diminui pela metade. O último halving ocorreu em abril de 2024, e Back avalia que, em ciclos anteriores, a criptomoeda tem um período de valorização maior que o atual, indicando que novos ganhos devem ocorrer.

Ele disse ainda que "os fluxos nos ETFs de bitcoin estão sendo praticamente duas vezes maiores que os bitcoins minerados diariamente. A Strategy e outras empresas também estão comprando o dobro desses bitcoins minerados para uso em tesouraria. E há ainda os investidores de varejo. Então é um fluxo de investimento considerável".

"Temporariamente, podemos ver alguma consolidação, porque investidores mais antigos e com foco no médio prazo estão realizando lucros", pontua. Mesmo assim, ele acredita que a tendência é que a criptomoeda chegue em um patamar de preço em que "conseguirá competir com o ouro, retirar dinheiro de ETFs de ouro para os ETFs de bitcoin".

Back, que já foi apontado como o possível criador do bitcoin, ressaltou ainda que dois eventos podem fazer o preço do bitcoin saltar. O primeiro seria o início de investimentos por países e fundos soberanos na criação de reservas de bitcoin, criando uma competição entre países pelo ativo.

"Conforme os maiores países entrarem nessa operação, eu acho que os outros países se sentirão forçados a fazer o mesmo. Se isso acontecer, não há como prever quanto o bitcoin subiria e qual seria o preço final", avalia.

Além disso, ele lembra que os investidores institucionais ainda não entraram no bitcoin tanto quanto poderiam: "Atualmente, 30% dos investimentos nos ETFs de bitcoin vêm de institucionais, o que mostra que há um grande espaço de crescimento nesse segmento, tanto nesse ciclo quanto em um próximo".

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