Fundos de investimento em criptomoedas ao redor do mundo têm perdido investidores (Reprodução/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 31 de julho de 2023 às 14h40.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às 17h25.
Os investidores institucionais retiraram US$ 20,9 milhões de fundos com exposição a criptomoedas em todo o mundo ao longo da semana passada. Os dados foram divulgados pela empresa CoinShares nesta segunda-feira, 31. Os investidores brasileiros, no entanto, foram na contramão e aportaram US$ 2,1 milhões (R$ 10 milhões, na cotação atual) no mesmo período.
Pela segunda semana consecutiva, os fundos de investimento ligados a ativos digitais registraram queda nos ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês). Entre os dias 24 e 30 de julho, esses instrumentos de investimento registraram queda de US$ 20,9 milhões.
Os fundos ligados ao preço do bitcoin no longo prazo tiveram o maior fluxo de saída no período, totalizando US$ 19,4 milhões negativos. Pela 14ª semana consecutiva, os fundos apostando na queda do bitcoin exibem fluxo negativo de capital. Os investidores reduziram a exposição nesses instrumentos de investimento em US$ 3,1 milhões na semana passada.
Além disso, investidores institucionais deram preferência aos fundos com exposição a criptomoedas alternativas (altcoins, em inglês) na última semana, aponta a CoinShares. A exceção foram os fundos ligados ao ether , que declinaram US$ 1,9 milhões em AUM.
Já os fundos ligados a criptoativos como litecoin, Solana, XRP e Cardano cresceram US$ 3,5 milhões na semana passada. Em seu relatório, a CoinShares também dá destaque no AUM dos fundos cripto dentro do acumulado anual, que totaliza US$ 472 milhões.
Entre os dias 19 e 26 de junho, os brasileiros alocaram US$ 8,5 milhões em fundos de investimento em criptomoedas. Foi nessa semana que o bitcoin saltou 18% em quatro dias, ultrapassando US$ 31 mil e chegando no seu maior valor de 2023.
Nas três semanas seguintes, contudo, o Brasil exibiu fluxo negativo de US$ 3,1 milhões nesses instrumentos de investimento. O movimento pode estar ligado à realização de lucros por parte dos investidores institucionais, que compraram a criptomoeda antes da sua chegada a preços próximos de US$ 30 mil.
Durante as correções ocorridas nas últimas duas semanas, porém, os brasileiros alocaram US$ 2,8 milhões em fundos cripto, dos quais US$ 2,1 milhões foram investidos na semana passada. Os investidores brasileiros parecem estar, desta forma, aproveitando as quedas nos preços das criptomoedas para aumentar a exposição a ativos digitais.
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