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Brasil bate novo recorde e número de investidores de criptomoedas supera 4 milhões

Dados divulgados pela Receita Federal apontam um crescimento tanto entre investidores pessoa física quanto pessoa jurídica em 2023

Investimento em criptomoedas no Brasil segue crescendo (Reprodução/Reprodução)

Investimento em criptomoedas no Brasil segue crescendo (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 10h57.

Última atualização em 26 de setembro de 2023 às 11h12.

O número de investidores pessoa física que investem em criptomoedas no Brasil superou a marca inédita de 4 milhões no mês de julho, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. Os investidores pessoa jurídica também chegaram a um número inédito até então, de 92 mil.

Os dados divulgados pelo órgão apontam que 4,1 milhões de CPFs reportaram operações envolvendo criptomoedas em julho, além de 92,1 mil CNPJs, números nunca antes registrados. Além disso, o resultado representa o segundo recorde consecutivo, após os números inéditos registrados em junho deste ano.

Apesar do recorde no número de investidores, o volume total reportado à Receita Federal caiu em julho em relação ao mês anterior. Ao todo, foram R$ 18,8 bilhões movimentados em operações com criptomoedas, contra R$ 21,2 bilhões, uma queda de quase 12%.

A maior redução foi observada nas operações em corretoras com registro no Brasil, passando de R$ 14 bilhões para R$ 12 bilhões. Já as movimentações sem uso de exchanges recuaram de R$ 4,2 bilhões para R$ 3,6 bilhões, e as com uso de exchange no exterior foram de R$ 2,6 bilhões para R$ 2,3 bilhões.

O relatório de julho divulgado pela Receita Federal também trouxe uma estabilidade na participação feminina no mercado cripto. As mulheres responderam por 15,54% das operações no mês, contra 15,12% em junho. Já em relação ao valor das operações, houve um leve recuo, passando de 16,62% para 16,26%.

Divisão por criptomoeda

A Receita Federal também divulgou o detalhamento de operações no Brasil considerando cada criptomoeda. Como nos outros meses desde o início da divulgação dos dados, o bitcoin liderou em termos de número de operações, mas com queda em relação a junho.

Em julho, foram reportadas 841 mil operações, contra 1,01 milhão em junho. Ao todo, essas movimentações em julho totalizaram R$ 737 milhões, contra R$ 1,02 bilhão em junho, também em um cenário de queda e no menor valor já registrado pela Receita Federal.

Em segundo lugar no número de operações está o ether, a segunda maior criptomoeda do mercado. Em julho, foram 275 mil movimentações reportadas, um crescimento em relação às 273 mil em junho. Já o valor movimentado teve forte queda, passando de R$ 213 milhões para R$ 150 milhões.

Entretanto, em termos de valor das operações, a liderança isolada segue sendo da Tether, ou USDT, uma stablecoin pareada ao dólar. Em julho, ela registrou 232 mil operações, uma queda em relação às 280 mil de junho. O valor total também recuo, indo de R$ 17 bilhões para R$ 15 bilhões.

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