Future of Money

Bitcoin volta a cair, perde faixa de US$ 30.000 e gera incertezas sobre curto prazo

Depois de romper uma sequência de nove semanas de queda no domingo e operar em alta na segunda-feira, bitcoin e mercado cripto operam com forte queda nesta terça

Bitcoin voltou a perder o patamar dos US$ 30 mil mais uma vez nesta terça-feira (matejmo/Getty Images)

Bitcoin voltou a perder o patamar dos US$ 30 mil mais uma vez nesta terça-feira (matejmo/Getty Images)

Após ter finalizado a última semana no verde e quebrado um ciclo de queda que já durava quase 10 semanas, o bitcoin voltou a cair nesta terça-feira, 7. Levando consigo as principais criptomoedas, o bitcoin é cotado a US$ 29.897 no momento, com queda de 4,7% nas últimas 24 horas, de acordo com o CoinGecko.

Perdendo 6% de capitalização total, as criptomoedas movimentaram US$ 80,2 bilhões nas últimas 24 horas. Indicando um aumento no volume de negociação, este fator que pode ser importante para sustentar novas altas no curto prazo, segundo Lucas Costa, analista técnico do BTG Pactual.

De acordo com ele, uma recuperação de preço com baixo volume pode não conseguir sustentar um movimento de alta por muito tempo, conforme ocorreu nas últimas semanas.

Já o especialista em trading do Mercado Bitcoin, Humberto Andrade, tem opinião um pouco diferente: "O aumento no volume de negociações pode ser um sinal de que teremos mais liquidações à frente, uma vez que os investidores de longo prazo estão liquidando posições, e a margem de lucro dos mineradores está cada vez menor, forçando a venda por parte deles para arcar com custos operacionais".

"Embora haja certa resistência para que os criptoativos finalmente voltem a subir com consistência, é possível ver uma melhora em alguns dados on-chain, como no caso do open interest (juros em aberto, métrica que indica o potencial de ganhos futuros com um ativo) que voltou a subir depois de nove semanas seguidas de queda. No entanto, aumentos no open interest junto com redução de preço podem ser interpretados também como uma tendência de enfraquecimento do mercado", completou Humberto.

Ainda oscilando entre os US$ 29 e US$ 30 mil, a maior criptomoeda do mundo segue sendo a principal opção de investidores, com dominância de mercado em 46,4%, segundo dados do CoinMarketCap.

O ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, é negociado por US$ 1.767 no momento, com queda de 7,1%, de acordo com o CoinGecko.

Depois de terem estrelado entre as criptomoedas mais lucrativas da última segunda-feira, 6, SOL e AVAX apresentam perdas na casa dos dois dígitos. Em 2º e 6º lugar no ranking das criptomoedas que mais caíram nas últimas 24 horas, elas perdem 10,69% e 9,7%, respectivamente, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Enquanto o mercado cripto global segue cercado de incertezas, no Brasil algumas notícias podem ter impacto positivo sobre o setor, como as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que falou na segunda-feira sobre avanços da regulação e do projeto do Real Digital.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

 

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptoativosCriptomoedasEthereumPreço do bitcoin

Mais de Future of Money

Investidores de longo prazo vendem US$ 50 bilhões em bitcoin e derrubam criptomoeda

Bitcoin cai para US$ 93 mil e preocupa investidores: “É fundamental entender seu objetivo”

Donald Trump tem R$ 31 milhões em criptomoedas; veja os ativos do próximo presidente dos EUA

União entre criptomoedas e crédito é "evolução natural", diz presidente da Acrefi