Bitcoin acumula uma alta de 22,8% no acumulado dos últimos sete dias (Namthip Muanthongthae/Getty Images)
Com uma valorização acumulada de mais de 20%, a segunda semana de janeiro de 2023 foi a melhor para o bitcoin desde a penúltima semana de março de 2022, confirmando uma recuperação da criptomoeda nos últimos dias apoiada pelo otimismo entre investidores ao redor do mundo.
Os dados do site Tradingview mostram que a maior criptomoeda do mercado teve uma variação entre 9 e 15 de janeiro que não havia sido vista no mercado desde o período entre 21 e 27 de março de 2022, que antecedeu uma longa sequência de quedas no chamado "inverno cripto".
Segundo o site Coingecko, o bitcoin acumula uma alta de 23,2% no acumulado dos últimos sete dias. Atualmente, ele está cotado em US$ 21.028, o maior valor para o ativo desde a eclosão da crise envolvendo a corretora de criptomoedas FTX, no início de novembro.
Considerando o desempenho no mês, a criptomoeda pode ter a melhor performance desde fevereiro de 2022 caso a tendência recente de valorização se mantenha nas próximas semanas. O movimento ocorre após dois meses seguidos de queda no fim de 2022, também ligados à falência da FTX.
Craig Erlam, analista de mercado sênior na exchange Oanda, avalia que a marca dos US$ 20 mil “uma vez foi considerada um valor mínimo perturbador, mas agora representa potencialmente um sinal de renascimento" do bitcoin.
Já para a empresa de análises Glassnode, o movimento é "encorajador", mas ainda é preciso manter os pés no chão e ficar atento a algumas métricas que sinalizariam um movimento de alta ainda maior e uma saída do atual mercado de baixa que, até o momento, ainda não apareceram.
A nova recuperação do bitcoin se deveu principalmente a novos dados sobre a economia dos Estados Unidos. A inflação do país em dezembro recuou 0,1%, dentro do esperado pelo mercado, e trouxe otimismo para os investidores ao sinalizar a possibilidade do ciclo de alta de juros no país acabar neste ano.
O cenário é benéfico para ativos de risco como um todo, incluindo as criptomoedas, e o fim das altas de juros é considerada o grande fator que destravaria um novo ciclo de valorização no segmento, com o fim do chamado "inverno cripto" iniciado em 2022.
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