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Após descumprir cláusula sobre NFTs, Ferrari perde patrocínio de US$ 30 milhões

Descumprimento de cláusula pode ter sido "gota d'água" para fim do patrocínio milionário que a Fórmula 1 da Ferrari recebia de uma empresa cripto desde 2021; ações judiciais estariam sendo cogitadas

Ferrari perde US$ 55 milhões em patrocínios (Dan Mullan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 11h49.

Última atualização em 4 de janeiro de 2023 às 11h57.

A Ferrari pode enfrentar um buraco milionário em suas contas após a perda de dois grandes patrocínios. Um deles é o da Velas, empresa suíça de criptomoedas e blockchain, que teria encerrado o contrato com a Scuderia após esta ter descumprido uma cláusula sobre a emissão de tokens não fungíveis ( NFTs ).

Aparecendo em carros e macacões da Ferrari desde 2021, a Velas era classificada como um dos patrocinadores “premium” da equipe de Fórmula 1. O valor do contrato de patrocínio era de US$ 30 milhões.

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Segundo uma fonte próxima a ambas as empresas relatou ao Racing News 365, a cláusula descumprida pela Ferrari permitia que a Velas emitisse NFTs da marca. Depois do ocorrido, ações judiciais ainda estariam sendo cogitadas por ambas as partes e anúncios oficiais podem acontecer em breve.

-(Mynt/Divulgação)

Quedas e falências no mercado cripto afetam patrocínios

O descumprimento da cláusula teria sido a “gota d’água” para o encerramento do contrato milionário de patrocínio em meio a um mau momento do mercado cripto, em que a Velas atua diretamente.

Depois do baque sofrido em todo o setor com a falência da FTX e outras empresas importantes, muitas estão reconsiderando seus contratos de patrocínio e evitando riscos. O capital de investidores também se tornou mais escasso, à medida que o sentimento de medo e incerteza tomou conta.

A própria FTX, corretora de criptomoedas que saiu de segunda maior do mundo para a falência em menos de uma semana no último mês de novembro, era uma das patrocinadoras da Mercedes F1. Segundo informações do AutoRacing, a FTX deve US$ 15 milhões à equipe.

A Mercedes removeu a marca da FTX de todos os seus carros e macacões, incluindo os do piloto Lewis Hamilton ainda em novembro. Segundo o chefe da equipe, Toto Wolff, outras equipes de Fórmula 1 patrocinadas por empresas de criptomoedas também poderiam sofrer as consequências do colapso da FTX.

“Toda equipe tem patrocinadores assim, assim como a organização da Fórmula 1 como tal. Portanto, todos seriam afetados”, disse o austríaco na época.

Além da Velas, a Ferrari também encerrou contrato de patrocínio com a empresa de tecnologia Snapdragon, que correspondia por US$ 25 milhões de seu orçamento. Juntas, Velas e Snapdragon contribuíam com cerca de um quarto da receita comercial da Ferrari.

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