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Análise: queda de preço após recorde não muda cenário otimista do bitcoin

Entenda a performance do bitcoin sob a perspectiva da análise técnica após uma semana movimentada pela estreia do primeiro ETF de futuros de bitcoin nos EUA

A criptomoeda é negociada por 63.123 dólares no momento (SKapl/Getty Images)

A criptomoeda é negociada por 63.123 dólares no momento (SKapl/Getty Images)

Por Lucas Costa*

O bitcoin atingiu sua máxima histórica nesta semana e chegou a ser cotado em 66.999 dólares na Coinbase. O otimismo do mercado se deve à aprovação do primeiro ETF de criptoativos dos Estados Unidos e sua excelente estreia no mercado. O surgimento desse tipo de produto representa um passo importante da inserção das criptos em um ambiente mais regulado e que conversa com os mercados tradicionais, depois do susto por posturas mais duras de SEC. Vale destacar que também tivemos uma saída de mineradores da China, o que pode ter causado um pouco mais de alívio, por uma diminuição de concentração no mercado.

No gráfico diário, observamos o teste do topo histórico dos 64.745 dólares e sustentação nesse patamar de preço. A região citada é importante e representa o topo da pernada de queda entre 14 de abril e 22 de junho (seta laranja) que acompanhamos nas análises das retrações de Fibonacci (regiões de correção baseadas nas proporções de Fibonacci de um movimento anterior). É importante destacar que o preço se encontra distante da média móvel de 21 períodos (azul) em 13%, que pode indicar um preço “esticado”. Na Análise Técnica a média móvel é um indicador rastreador de tendência e que o preço tende a ter um comportamento cíclico de afastamento e retorno às médias, que geralmente são bons pontos de entrada a favor da tendência. A tendência segue de alta, mas um movimento de correção pode testar a faixa dos 57.500 dólares, sendo importante a sustentação nesse nível.

(TradingView/Reprodução)

O gráfico de 4 horas pode ser utilizado para uma observação do movimento de forma mais detalhada, e nele acompanhamos a formação de um canal de alta, com topos e fundos ascendentes, demonstrando a predominância da pressão compradora. A linha de tendência de alta (preto) se encontra inclinada, sustentando a tendência de curto prazo. A ferramenta das retrações de Fibonacci mostra as regiões de correção da última pernada de alta (conectando o último fundo e último topo) e possíveis pontos de correção para retomada do movimento altista. Dito isso, as regiões dos 58.850 dólares (retração de 61,8% de Fibonacci) e 56.930 dólares (76,4% de Fibonacci) podem ser bons pontos de entrada, com um melhor risco retorno para novo teste do topo anterior.

(TradingView/Reprodução)

Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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