Bitcoin valorizou mais de 80% em 2023 (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 1 de agosto de 2023 às 16h51.
O bitcoin fechou o mês de julho com cerca de 4% de queda e foi na contramão do que era esperado de um cenário de tomada de risco que observamos nos mercados globais. O S&P 500 fechou o mês de julho com 3% de alta e o dólar global (DXY) caiu cerca de 1%, apesar da recuperação das últimas três semanas.
O aumento do fluxo de negociação que observamos no final de junho de 2023 parece ter perdido força no último mês, provocando uma diminuição na amplitude dos movimentos observados nas principais criptomoedas do mercado.
O volume é altamente correlacionado com volatilidade. Acreditamos que o mercado entrou em compasso de espera e se encontra dependente de novos drivers significativos para termos uma melhor definição de tendência. Os estudos técnicos do S&P500, DXY, bitcoin e Ethereum são apresentados nos próximos parágrafos.
O S&P500 fechou o mês de julho com 3% de alta. O gráfico diário tem cruzamento de alta das médias móveis de 21 e 50 períodos, indicando pressão compradora. O rompimento do topo anterior em 4.500,00 acionou um novo pivô de alta e o próximo objetivo é o topo anterior em 4.760,0, em março de 2022.
O dólar fechou a sua terceira semana consecutiva de alta. O gráfico diário mostra uma tentativa de recuperação, que trouxe o índice da moeda americana para dentro da sua lateralidade anterior entre 101,170 e 105,250. O cenário de um dólar mais forte tende a ser ruim para as criptos, mas acompanhamos uma diminuição da magnitude dos seus efeitos nas últimas semanas.
O bitcoin encerrou a última semana com 2,66% de queda e acumula 1,21% de baixa nessa semana. A tendência de médio prazo é de alta e no curto prazo temos a formação de uma lateralidade. O gráfico diário mostra a falha de superação do topo anterior em R$ 32.250 e aumento da pressão vendedora.
As médias móveis de 21 e 50 períodos devem ter cruzamento de baixa nos próximos dias e o indicador começa a sinalizar uma indefinição de tendência no curto prazo. Fechamentos abaixo das mínimas anteriores podem levar ao teste da média móvel de 200 períodos em US$ 26.720 e da região que provocou a reversão de baixa para alta em US$ 25.000.
O Ethereum formou uma lateralidade no curto e médio prazo. O preço tem encontrado dificuldade em romper o topo anterior em US$ 2.020 e observamos uma aproximação das médias móveis de 21 e 200 períodos. A volatilidade diminuiu nas últimas semanas e movimentos do tipo tendem a preceder eventos de aumento da volatilidade.
A retomada da tendência anterior de alta depende também de um aumento do volume de negociações. Acompanhamos a figura com fundo em US$ 879,80 e topo em US$ 2.020 para definir os objetivos de Fibonacci em US$ 2.495 (141,4%) e US$ 2.750 (161,8%).
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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