A fragmentação do mercado cripto e seu impacto em todas as moedas digitais

A diversidade de blockchains e suas diferentes infraestruturas criam barreiras que afetam a interoperabilidade, escalabilidade e adoção em massa dos ativos digitais

illustration Geometric abstract background with connected line and dots,Futuristic digital background for Science and technology (Getty Images/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de março de 2025 às 11h00.

Por Marc Boiron*

Nos últimos anos, o ecossistema de criptoativos tem experimentado um crescimento exponencial, com o surgimento de novas redes, protocolos e soluções. No entanto, esse crescimento também trouxe consigo um desafio significativo: a fragmentação do mercado. A diversidade de blockchains e suas diferentes infraestruturas criam barreiras que afetam a interoperabilidade, escalabilidade e adoção em massa dos ativos digitais.

A fragmentação do mercado cripto acontece quando diferentes redes operam de maneira isolada, dificultando a transferência de valor e informação entre elas. Esse cenário resulta em experiências fragmentadas para os usuários, custos elevados de transação e baixa liquidez para tokens em redes menos populares. Além disso, projetos precisam escolher em qual blockchain construir, limitando o acesso a audiências amplas.

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Para os criptoativos, essa falta de padronização e conectividade pode levar a problemas de liquidez e volatilidade, além de dificultar o uso dessas moedas em soluções do mundo real. A necessidade de pontes e conversões entre redes aumenta os riscos de segurança e cria pontos fracos na infraestrutura blockchain.

O futuro do mercado cripto depende de soluções que promovam a interoperabilidade entre diferentes blockchains. A vanguarda desse movimento está na criação de um ecossistema onde ativos digitais podem transitar de forma mais eficiente, segura e acessível. A adoção de tecnologias como rollups e sidechains modulares garantirá que a fragmentação não impeça a evolução do setor.

A solução não está em eliminar a diversidade de blockchains, mas sim em criar pontes que permitam um mercado mais conectado e funcional. O futuro da criptografia precisa de conectividade aberta e contínua, assim como a Internet que conhecemos hoje.

*Marc Boiron é CEO da Polygon Labs, organização por trás da rede de segunda camada Polygon e a criptomoeda POL, antiga MATIC.

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