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Varejo

Magazine Luiza lucra R$ 70 milhões no 3º tri e bate (de longe) consenso

Varejista conseguiu melhorar rentabilidade e viu margem Ebitda chegar a patamar pré-pandemia, com lojas físicas roubando a cena mais uma vez

Magazine Luiza: vendas das lojas cresceram 13% (Leandro Fonseca/Exame)
Magazine Luiza: vendas das lojas cresceram 13% (Leandro Fonseca/Exame)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 7 de novembro de 2024 às 21:03.

Última atualização em 7 de novembro de 2024 às 21:04.

Na tentativa de se proteger aos ciclos econômicos, o Magazine Luiza está ficando em melhor forma.

A varejista reportou um lucro ajustado de R$ 70 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 143 milhões um ano antes e superando de longe as estimativas de mercado que não passavam dos R$ 33 milhões para os analistas mais otimistas. O lucro contábil foi de R$ 120 milhões, contra um prejuízo de R$ 498 milhões em 2023.

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Na receita, o crescimento foi de 4,9%, para R$ 9 bilhões, em linha com a maior parte das projeções.

As vendas em mesmas lojas saltaram 15%, mostrando a força da loja física, onde as vendas totais cresceram 13%, numa recuperação de um canal em que o portfólio ainda é bastante dependente de crédito e de indicadores macroeconômicos mais positivos. No segundo trimestre, o canal já tinha mostrado força.

No online, porém, o desempenho foi mais tímido e abaixo de concorrentes, como o Mercado Livre, cujas vendas totais cresceram 34% no Brasil. O 1P, vendas diretas no online,  voltou ao campo positivo, depois de períodos de queda. O canal cresceu 1,2%, enquanto o marketplace (3P) que crescia a passos largos desacelerou, avançando apenas 1,4%.

"Temos visto crescimento em todos os canais. Mas a loja física sofreu mais quando a taxa de juros subiu. Agora reflete a dinâmica de mercado e o fato de estarmos muito bem posicionados, com melhora de estoques e ganho de share", diz Vanessa Rossini, diretora de relações com investidores.

No braço financeiro, atingiu R$24,5 bilhões no valor total de transações financeiras processadas. Em cartões de crédito, o faturamento atingiu R$15 bilhões, com mais de 6 milhões de cartões de crédito ativos e R$19 bilhões em carteira de crédito. Além disso, houve queda sequencial na taxa de inadimplência total e a Luizacred reportou lucro líquido de R$66 milhões.

"Fizemos um aumento de capital, deixando a unidade mais capitalizada e super saudável, com índices de inadimplência controlados. A safra difícil de 2021 já não está mais na base, então tem tudo para retomar a aceleraçãod e crédito, mas de uma forma muito rentável."

O negócio como um todo, porém, viu ganhos de rentabilidade. A margem bruta subiu 1,1 ponto percentual para 31,5%. Já o EBITDA ajustado cresceu 47%, totalizando R$ 718 milhões. A margem EBITDA atingiu 8,0%, um aumento de 2,3 pontos percentuais a mais do que um ano antes e o maior patamar desde o fim de 2019.

Com números operacionais mais fortes, a varejista também conseguiu concentrar esforços na redução de despesas financeiras, que caíram 21%, para R$ 360 milhões, e representaram 4% da receita líquida.

Com melhora operacional e ganhos do capital de giro, a geração de caixa operacional foi de R$ 571 milhões, um dos pontos de destaque do trimestre.

Nos últimos 12 meses, nessa mesma métrica, o caixa operacional chegou a R$ 2,4 bilhões– um dos maiores patamares históricos.

O Magalu encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido ajustado de R$1,8 bilhão, um aumento de R$1,1 bilhão na comparação anual.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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