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Paris encerra Jogos Olímpicos e faz passagem de bastão "hollywoodiana" para Los Angeles

Cidade da costa oeste dos EUA será a sede da competição em 2028

O ator americano Tom Cruise acena a bandeira olímpica durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 no Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris, em 11 de agosto de 2024 (Franck FIFE/AFP)

O ator americano Tom Cruise acena a bandeira olímpica durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 no Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris, em 11 de agosto de 2024 (Franck FIFE/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 06h18.

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Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 chegaram ao fim neste domingo, 11, com uma cerimônia de encerramento que exaltou o legado desta edição como a primeira de uma "nova era" do megaevento esportivo e que teve uma passagem de bastão "hollywoodiana" para Los Angeles, que será sede em 2028.

A celebração foi, ainda, uma tentativa de mostrar uma França que se orgulha tanto da sua tradição quanto do seu compromisso com o futuro.

A cerimônia começou nos Jardins das Tulherias, onde estava a pira olímpica. Lá, a cantora Zaho de Sagazan interpretou "Sous le ciel de Paris", música emblemática sobre o espírito da cidade e que ficou famosa nas vozes de Édith Piaf e Yves Montand.

Em seguida, o grande herói francês dos Jogos, o nadador Léon Marchand, ganhador de quatro ouros e um bronze, apareceu para pegar simbolicamente a chama olímpica e levá-la para o Stade de France, onde aconteceu a maior parte da cerimônia, que contou com 71.500 espectadores, cerca de 9.000 atletas e outros membros das mais de 200 delegações que participaram dos Jogos.

O repertório musical incluiu temas que ocupam um lugar especial no coração dos franceses, como "Emmenez moi", de Charles Aznavour, e "Champs Elysées", de Joe Dassin. Também houve uma parte dançante, com "Freed from desire", de Gala Rizzatto. Tocada e entoada em tantas vitórias esportivas mundo afora, "We are the champions", do Queen, não faltou.

Após a entrega das medalhas da maratona feminina - algo inédito em cerimônias de encerramento dos Jogos - e uma homenagem aos 45.000 voluntários, começou uma parte chamada 'Records', obra de Thomas Jolly - que também foi responsável pela cerimônia de abertura, no Sena - em um palco que recriava os cinco continentes.

Houve evocações da Grécia antiga como o local de nascimento do olimpismo e a famosa escultura da Vitória de Samotrácia, em exposição no Louvre.

Dezenas de artistas mascarados fizeram uma dança contemporânea sobre a descoberta dos anéis olímpicos, e o cantor lírico Benjamin Bernheim apresentou o "Hino homérico a Apolo", o mais famoso da Grécia antiga.

Em seguida, cinco anéis de ouro gigantescos foram suspensos sobre o centro do estádio em um breve ato na tradição das apresentações de dança e teatro francesas contemporâneas.

No final, centenas de atletas subiram ao palco para tentar ficar em cima de seus países, antes que o sistema de som os chamasse para descer, o que provocou um pequeno atraso.

Depois veio a festa musical, com nomes como a banda Phoenix, o DJ Kavinsky e a cantora belga Angèle.

Diante de seis dos mais destacados atletas desses Jogos, entre eles o cubano Mijaín López, que conquistou seu quinto ouro olímpico consecutivo, e o judoca Teddy Riner, que em Paris faturou dois ouros, o presidente do Comitê Organizador, Tony Estanguet, enfatizou que foi vivida "uma experiência de Jogos como nunca houve".

"Paris foi uma festa, e toda a França foi olímpica", acrescentou.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, considerou a edição de Paris como a primeira "de uma nova era" dos Jogos.

No tribuna de honra estiveram personalidades como o presidente da França, Emmanuel Macron, e Doug Emhoff, marido da vice-presidente dos EUA e candidata à Casa Branca, Kamala Harris.

Transição de cinema

Em seguida, foi a vez de Los Angeles, a próxima cidade olímpica se apresentar, e Hollywood se fez presente. Como já havia sido divulgado, o ator Tom Cruise protagonizou uma sequência que lembrou os filmes de ação que caracterizaram sua carreira nas últimas décadas. Ele desceu do topo do estádio em uma corda e, depois de correr entre os atletas, pegou a bandeira olímpica das mãos da lenda da ginástica Simone Biles e a levou de moto.

Em seguida, foi exibido um vídeo que mostrava uma viagem metafórica cheia de adrenalina, na qual o ator descia de paraquedas na metrópole californiana.

Houve uma transmissão ao vivo, direto da famosa Venice Beach, em Los Angeles, de uma festa musical com apresentações de astros californianos da música como Red Hot Chili Peppers, Snoop Dogg e Billie Eilish.

De volta a Paris, a cerimônia teve então a chama olímpica trazida do Jardim das Tulherias apagada, e Bach declarou oficialmente encerrados os Jogos de 2024 e convocou o mundo olímpico a se reunir daqui a quatro anos em Los Angeles.

A cerimônia terminou com um aceno francês aos Estados Unidos e uma reivindicação de orgulho: a cantora francesa Yseult apresentou a inesquecível "My way", eternizada na voz de Frank Sinatra e que é a versão em inglês da canção francesa "Comme d'habitude", composta por Jacques Revaux com letra de Gilles Thibaut e Claude François.

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