Endrick, João Fonseca, Rayssa Leal; como explicar o surgimento de novos ídolos?

Brasil aumenta produção de talentos geracionais; especialistas falam sobre o tema

João Fonseca, tenista brasileiro (Hannah Peters/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de março de 2025 às 17h31.

O título conquistado por João Fonseca no último final de semana trouxe mais uma vez a força do Brasil no esporte em geral. A individualidade do atleta brasileiro é por si só emblemática, com desafios diários e pressões impostas indiretamente.

O título do ATP de João Fonseca, o mundial conquistado recentemente por Rayssa Leal, e o Campeonato Brasileiro levantado por Endrick são apenas algumas das conquistas geracionais dos novos “ídolos” do esporte brasileiro. O que os três têm em comum, além da pouca idade?

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"O histórico recente de João Fonseca é de um jovem que conseguiu, com sua idade, mais do que Guga tinha conquistado com a mesma. Isso não garante, mas sugere que o potencial de João é maior, e por isso, vai gerar expectativa de que pode conquistar mais do que Guga conquistou. Posto isso, considerando os recursos de comunicação disponíveis hoje, e como o esporte é consumido, em diferentes canais, é razoável pensar que João possa ter, antes de conquistar o que Guga conquistou, contratos de patrocínio maiores, em termos relativos, atualizados, do que Guga teve. O poder dos atletas está crescendo mais do que o dos torneios e dos esportes. As figuras individuais são atrações de peso cada vez maiores na indústria", aponta Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que gerencia a carreira de centenas de atletas, entre elas, a de Endrick, que aos 18 anos veste as cores do Real Madrid.

Professor de marketing esportivo pela ESPM, Ivan Martinho fala sobre simbolismo e representatividade em relação a esta nova geração de ídolos. “O que une essa geração é a combinação de talento esportivo, identificação com o público, uso estratégico das mídias sociais e a capacidade de construir uma narrativa pessoal que inspira. Eles são mais do que atletas, são símbolos de um Brasil diverso, resiliente e conectado”, explica.

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