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Vivo utiliza consultoria e engajamento para reduzir emissões entre fornecedores

Desde 2021, companhia de telecomunicações atua para diminuir as emissões de CO2 no escopo 3, processo que começou com os fornecedores com maior impacto ambiental

A meta é que 90% das principais emissoras participem da consultoria até o final de 2024. Juntas, essas empresas correspondem a mais de 80% das emissões do escopo 3 (Vivo/Divulgação)
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 18 de junho de 2024 às 07h00.

Desde 2016, após a definição do Acordo de Paris, quando 195 países apresentaram planos para reduzir emissões de CO2, a Vivo estabeleceu uma estratégia para sua descarbonização. A meta de reduzir em 90% as emissões dos escopos 1 e 2, provenientes da operação ou do uso de energia elétrica na própria empresa, foi alcançada em 2023. O resultado envolve o uso de energias renováveis, biocombustíveis e a implementação de eficiência energética nos escritórios e centrais de vendas.

O novo objetivo é colaborar com os fornecedores para garantir uma redução de 90% das emissões no escopo 3. O projeto estabelecido pela companhia envolve os serviços de uma consultoria para que os fornecedores compreendam a importância das práticas de redução do impacto ambiental — trabalho que inclui o desenvolvimento de metas e a assinatura de compromissos.

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Conforme a diretora de Sustentabilidade da empresa de telecomunicações, Joanes Ribas, a jornada é complexa e exige dos parceiros empresariais comprometimento com as questões ambientais. O trabalho com 125 empresas que mais emitem gases causadores do efeito estufa teve início em 2021 para fornecedores de vários setores. “Apesar de um começo desafiador e de pouca aceitação, em seis meses já nos agradeciam pelo benefício ambiental e financeiro,” relata Ribas.

A meta é que 90% das principais emissoras participem da consultoria até o final de 2024. Juntas, essas empresas correspondem a mais de 80% das emissões do escopo 3, justificando a urgência em envolver as companhias na ação. O objetivo é que até 2030 as empresas engajadas no programa tenham compromissos com a ­Science Based Targets Initiative e tenham alcançado uma redução de 90% nas emissões até 2040.

Segundo Renato Gasparetto, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo, a atuação ESG envolve todas as áreas da companhia. “Isso implica atuar constantemente não apenas em uma governança sólida da sustentabilidade, com processos cada vez mais robustos e transversais em toda a empresa, mas também na criação de uma cultura digital colaborativa que incentive todos os colaboradores a incluir a sustentabilidade no seu dia a dia,” declara. Segundo o vice-presidente, um quinto da remuneração variável dos executivos da Vivo está atrelado às metas ESG, mecanismo que contribuiu para a disseminação do tema entre os colaboradores.

A gestão dos resíduos também é uma das prioridades na área ambiental da companhia. Desde 2006, o programa Recicle com a Vivo possibilita o descarte correto de lixo eletrônico nas lojas da empresa, evitando a contaminação do meio ambiente e da saúde. No ano passado, foram coletadas 12 toneladas de material eletrônico. Desde o início do programa, mais de 150 toneladas de resíduos eletrônicos foram recolhidas.

O programa também atua nas escolas para envolver a comunidade escolar no descarte adequado do lixo. Joanes Ribas revelou à EXAME que na última ação, que englobou 26 escolas pelo país ao longo de um mês, foram recolhidas 15 toneladas de resíduos eletrônicos. “É mais do que se recolhe em um ano. E isso se deve à parte educacional, pois apresentamos as problemáticas do lixo para o planeta aos alunos. Há um grande potencial para dialogar com a nova geração e incentivar a proatividade dela na abordagem de temas importantes,” descreve.

Gasparetto destaca que o programa de reciclagem desses recursos evidencia o desafio que o Brasil enfrenta como um dos maiores geradores de lixo eletrônico. “A ação demonstra quanto a pauta ambiental está conectada com a social e que ações conjuntas como essa são um caminho importante para avançarmos, empresas e sociedade, na proteção do nosso planeta”, afirma.

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