(RoadLight/Pixabay/Divulgação)
Escândalos e descasos ambientais e sociais têm refletido diretamente no valor de ações e no prestígio de grandes marcas em todo o mundo. Diante disso, há uma cobrança cada vez maior por sustentabilidade empresarial nas companhias, tanto de clientes, funcionários, investidores e instituições financeiras.
Head de ESG da EXAME Invest Pro, Renata Faber afirma que “entidades sem boas práticas de sustentabilidade empresarial têm maiores dificuldades para atrair e reter clientes, vender seus produtos e se relacionar com investidores”. Como consequência, o custo de capital (valor que a empresa precisa obter de lucro para que o negócio se pague) será maior.
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Sustentabilidade empresarial é o conjunto de boas práticas que uma empresa adere com base em atitudes éticas, crescimento econômico, respeito ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável da sociedade.
Essas boas práticas estão interligadas aos princípios ESG (Environmental, Social and Governance), que se referem aos três pilares centrais de medição de sustentabilidade e do impacto social de uma empresa ou negócio.
Dois principais fenômenos atuais têm pressionado a adesão pela sustentabilidade empresarial.
Primeiramente, existe o fenômeno ambiental: as mudanças climáticas causadas pelo aumento constante na queima de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão, gás natural). Essa queima eleva o nível de carbono na atmosfera — o que, por sua vez, aumenta a temperatura global. Como consequência temos o aumento de inundações e tsunamis, derretimento de geleiras, alterações em cadeias alimentares, tempestades tropicais, furacões, seca, ondas de calor e extinção de animais e plantas.
Ainda há o fenômeno social: os millennials e a geração Z estão mais preocupados com os impactos ao planeta em relação ao que consomem, investem e até onde trabalham. “Então não dá mais para ignorar essas gerações. As empresas precisam se adaptar”, ressalta Faber.
Quando aplicada, a sustentabilidade empresarial traz diversas oportunidades e melhorias à empresa do ponto de vista de inovação, crescimento, lançamento de novos produtos e relacionamento com seus fornecedores e clientes. “As empresas que têm boas práticas ESG têm resultados mais estáveis e as ações performam melhor”, comenta Renata Faber, head de ESG.
A Bolsa de Valores brasileira (B3) criou, em 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Ideia pioneira na América Latina, o objetivo do índice é ser uma ferramenta de análise e comparação das empresas que mantêm ações no Ibovespa, apontando quais delas adotam as melhores práticas de sustentabilidade empresarial.
A mais recente carteira do ISE foi divulgada em dezembro de 2020, sobre o período de 4 de janeiro de 2021 a 30 de dezembro de 2021. É composta de 46 ações de 39 empresas.
Entre os dias 3 de maio e 18 de junho de 2021, acontece o maior evento sobre ESG do Brasil: “Melhores do ESG: Repensando o valor de tudo”, totalmente gratuito e online.
Ao todo são mais de 40 painéis de discussão sobre um mercado que movimenta cerca de US$ 30 trilhões (trinta trilhões de dólares) por ano, com grandes nomes do mercado brasileiro e global.
No dia 7 de maio, às 9h, o Melhores do ESG recebe Neca Setubal, presidente do Conselho de Administração Fundação Tide Setubal e do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresa), para o debate inédito "Educação como a base de uma sociedade mais igualitária". O painel contará ainda com a presença de Ana Maria Diniz, presidente do Instituto Península, e Eduardo Mufarej, fundador da Good Karma Ventures.
Já em 19 de maio acontece o painel "Investimentos sustentáveis" a partir das 12h, com explicações deste tipo de investimentos, por que investir, importância e perspectivas de retornos.
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