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SIG fecha parceria com Earthworm Foundation para promover reciclagem justa

Projeto piloto desenvolvido no Paraná pela companhia de soluções de embalagens visa garantir a rastreabilidade de materiais recicláveis e condições dignas para catadores e cooperativas

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apenas [grifar]5% dos catadores no Brasil estão organizados em cooperativas[/grifar], enquanto os demais atuam de forma informal (Ambev/Divulgação)

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apenas [grifar]5% dos catadores no Brasil estão organizados em cooperativas[/grifar], enquanto os demais atuam de forma informal (Ambev/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 15h18.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 17h29.

O Brasil recicla apenas 4% das 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos e cerca de 95% dos catadores atuam de forma informal, na maioria das vezes em condições precárias. O retrato revela um desafio do país: a geração do lixo é um problemão ambiental -- e também social.

Para ajudar a mudar essa realidade, a SIG, companhia global especializada em embalagens cartonadas, firmou parceria com a Earthworm Foundation Brasil e o Governo do Paraná para criar um programa que assegure a origem dos materiais recicláveis e a qualidade das condições de trabalho dos catadores no estado.

A iniciativa está alinhada às políticas da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná e pretende estabelecer mecanismos de verificação da cadeia de fornecedores, além de incentivar a reciclagem em centros de triagem, com foco em embalagens do tipo “longa vida”.

Rastreabilidade na cadeia de reciclagem

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apenas 5% dos catadores no Brasil estão organizados em cooperativas, enquanto os demais atuam de forma informal. O levantamento da Abrelpe aponta que 40% dos resíduos urbanos coletados vão parar em lixões, o que agrava o problema ambiental e social.

Em projeto piloto, a parceria inclui a categorização dos centros de triagem, estruturação de uma plataforma para monitoramento da rastreabilidade dos materiais e definição de metas de impacto.

Isabela De Marchi, gerente de sustentabilidade da SIG na América do Sul, destacou à EXAME que o projeto quer garantir um modelo mais ético e que fomente uma cadeia justa. “Temos como objetivo assegurar que os cooperados tenham uma realidade digna, remuneração justa e que não haja trabalho escravo ou infantil”, afirmou.

Dov Rosenmann, da Earthworm Foundation Brasil, disse em comunicado que a parceria fortalece a relação entre cooperativas e empresas, garantindo direitos fundamentais aos trabalhadores da reciclagem. “Acreditamos que há muito a ser feito para aumentar os fluxos de recicláveis e, nesse processo, os responsáveis por manter o ciclo ativo devem ter seus direitos garantidos”, diz.

Economia circular

A SIG já trabalha em iniciativas que ampliam a reciclagem no Brasil, como parcerias com os programas Menos 1 Lixo, So+ma e Recicleiros, voltados para educação ambiental e infraestrutura de reaproveitamento de materiais.

No So+ma, a SIG atua com a startup de tecnologia para instalar pontos de coleta visando incentivar o descarte correto e permite que as pessoas troquem por créditos e benefícios. Já são sete casas contempladas pelo projeto e em 2024, 1288 participantes destinaram 288.975 kilos de resíduos -- levando a um ganho financeiro de R$ 95.695. 

So+ma da SIG

Casa So+ma vantagens da SIG (SIG/Divulgação)

Já o Recicleiros foca na melhoria da coleta seletiva de resíduos em centros urbanos e está presente em 14 municípios brasileiros. O programa já gerou 302 empregos em 14 cooperativas e arrecadou mais de 18 mil toneladas de resíduos desde que foi implementado em 2019. 

A empresa também pretende expandir sua atuação no Paraná, onde mantém sua primeira fábrica da América Latina e em breve inaugurará uma planta de reciclagem.

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