Marina Silva, na ONU: no governo brasileiro, a política ambiental é transversal
Na ONU, logo após o discurso de Lula na Assembleia Geral, Marina Silva falou à EXAME
Repórter de ESG
Publicado em 19 de setembro de 2023 às 13h02.
Última atualização em 20 de setembro de 2023 às 12h09.
De Nova York*
Minutos após Luiz Inácio Lula da Silva ser o primeiro presidente a discursar na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), seguido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, contempla obras expostas nos jardins da ONU, em Nova York, que representam momentos marcantes da história.
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"Eu gostaria de uma foto com o busto de Gandhi", diz ela aos assessores. Em conversa exclusiva à EXAME , neste espaço, ela reitera como a agenda ambiental tem feito parte das políticas do governo em diferentes ministérios. "A política ambiental é uma política transversal. E quem mostra a força disto é o governo, com os resultados que estamos tendo", diz.
Entre os resultados há a diminuição do desmatamento em 48% nos oito primeiros meses de governo. "Além disto, dos dez decretos que o presidente assinou no primeiro dia de governo, cinco eram do Ministério do Meio Ambiente. Também é importante destacar que voltamos a criar unidades de conservação, e que o Ministério da Fazenda está coordenando a transição ecológica, na qual participamos fortemente. Estamos promovendo o combate ao desmatamento em todos os biomas brasileiros, e já temos 20 Ministérios trabalhando a agenda de sustentabilidade", diz.
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De acordo com ela, Lula está liderando a transição para um modelo econômico de desenvolvimento sustentável , no qual o principal lema é combater as desigualdades e fortalecer a democracia com sustentabilidade. "O discurso do presidente Lula foi muito enfático no sentido de dizer que a paz, o combate às desiguladade e o enfrentamento do problema das mudanças climática passa por um esforço que é de todos. Não será possível dar conta do imenso desafio se não trabalharmos por uma cultura de paz com a natureza, com os homens, e com nós mesmos", diz.
Para uma mudança efetiva, contudo, é preciso urgência. "O mundo não tem mais tempo em relação às mudanças do clima e à perda de biodiversidade. Os eventos extremos que estávam à nossa porta, já entraram e se instalaram, como aconteceu recenetemrete no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul".
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