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Governo e Banco da Amazônia firmam acordo para impulsionar sociobioeconomia na Amazônia

Meta é formar cem agentes de crédito rural por ano até 2029 e facilitar o acesso ao financiamento voltado ao desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis

A sociobioeconomia coloca as comunidades tradicionais no centro do desenvolvimento sustentável (Leandro Fonseca/Exame)

A sociobioeconomia coloca as comunidades tradicionais no centro do desenvolvimento sustentável (Leandro Fonseca/Exame)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 11h54.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2025 às 11h57.

A menos de 300 dias para a Conferência do Clima da ONU (COP30) no Brasil, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco da Amazônia (BASA) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para fortalecer o financiamento da sociobioeconomia na Amazônia.

O conceito diz respeito a um modelo econômico que promove o uso sustentável da biodiversidade, ao integrar conhecimentos científicos, inovações tecnológicas e saberes tradicionais para gerar valor social, ambiental e econômico. Para além da bioeconomia, a sociobioeconomia coloca no centro as comunidades locais.

O objetivo do acordo é facilitar o acesso ao crédito para cadeias produtivas sustentáveis e formar cem agentes de crédito rural por ano até 2029, somando 500 profissionais qualificados na região.

O anúncio foi feito na sexta-feira (14), em Belém do Pará, durante evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Marina Silva. Na ocasião, o governo brasileiro destacou a iniciativa como uma forma de transformar a biodiversidade em desenvolvimento econômico.

O ACT faz parte do Programa de Formação em Sociobioeconomia e Agroecologia para Agentes de Crédito Rural (PFSA), criado para capacitar profissionais a atuarem junto a comunidades tradicionais, melhorando a inserção desses grupos no mercado financeiro.

Além do BASA, o Banco do Brasil também firmou parceria para expandir a Rede de Agentes de Crédito Rural em nível nacional.

Em nota, o governo disse estar articulando com outras instituições financeiras federais e organizações multilaterais para viabilizar a implementação do programa ainda em 2025, inicialmente no bioma amazônico.

A secretária nacional de Bioeconomia do MMA, Carina Pimenta, enfatizou que o programa vai além do financiamento. “Vamos estabelecer uma rede para que o crédito seja compreendido pelas comunidades, de modo que haja um processo de educação financeira em que os bancos sejam atuantes na criação de estruturas específicas para lidar com esse grupo social", afirmou. 

A iniciativa integra a Estratégia Nacional de Bioeconomia, lançada pelo governo em junho de 2024, e busca estruturar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia e outras regiões de sociobiodiversidade. 

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