ESG

Fundação Grupo Boticário ressalta a importância do aumento de ambições sustentáveis

"Nosso foco são as soluções baseadas na natureza, como que a natureza e os serviços ecossistêmicos podem ajudar a endereçar os principais desafios da sociedade”, afirma André Ferretti, da Fundação Grupo Boticário em entrevista à EXAME

Fundação Grupo Boticário: André Ferretti é o gerente de economia da biodiversidade na companhia (Leandro Fonseca/Exame)

Fundação Grupo Boticário: André Ferretti é o gerente de economia da biodiversidade na companhia (Leandro Fonseca/Exame)

A Fundação Grupo Boticário é o braço engajado com iniciativas de promoção à proteção da natureza na companhia fabricante de cosméticos Grupo Boticário. Durante a COP27, André Ferretti, gerente de economia da biodiversidade na Fundação, foi entrevistado pela equipe de ESG da EXAME, quando falou sobre a importância de soluções sustentáveis e as expectativas para o evento. O executivo participa como membro observador da Conferência desde 2009. 

Ferretti comentou que a Fundação participou da conferência como uma forma de “aproveitar os direcionadores que surgem nesse grande fórum global para aplicar isso e orientar os trabalhos que são voltados para a sociedade”. Para o executivo, o evento também foi importante por ser um espaço onde as organizações podem apresentar experiências desenvolvidas no Brasil, servindo de inspiração.

“O nosso foco são as soluções baseadas na natureza. Por exemplo, como que a natureza e os serviços ecossistêmicos podem ajudar a endereçar os principais desafios da sociedade focados em mudança climática, que é um tema super urgente e que precisa ser tratado localmente. Em cada país, em cada estado, em cada cidade, em cada comunidade”, comenta Ferretti. 

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Projeto na bacia do rio Miringuava

Um dos exemplos de soluções propostas pela Fundação é o movimento Viva Água Miringuava, na região metropolitana de Curitiba. Ali, a Fundação faz uma intervenção no sistema de captação de água associado ao rio Miringuava, atuando na bacia com os diversos parceiros, como a prefeitura, companhias estaduais de água, moradores da região, os produtores rurais, cientistas e empresas.  

“A ideia é fortalecer as ações ali para aumentar a resiliência daquela região às mudanças climáticas, ou seja, para a aumentar a capacidade daquele ecossistema, para funcionar melhor. E, com isso, sofrer menos impacto das mudanças climáticas em um futuro. Também para ajudar aquela área de produção agropecuária que representa 70% da agricultura daquele município em uma bacia de pouco mais de 20.000 hectares, melhorar a qualidade dos alimentos e também a sustentabilidade da agricultura e da atividade”, analisa Ferretti. 

Existe uma preocupação séria com a bacia pois o seu solo é bastante suscetível à ação erosiva por conta de enxurradas do rio. Como o solo é o principal bem do produtor rural, deve ser conservado e a Fundação – juntamente com outros parceiros – perceberam que a erosão causada estava encarecendo o sistema de tratamento de água e até inviabilizando o processo de funcionamento da estação. 

“O que a gente faz lá, então é estudar aquela bacia hidrográfica, identificar os pontos de maior vulnerabilidade, as áreas de maior contribuição para a sedimentação e cocriar com todos os parceiros envolvidos soluções para reduzir esse essa lixiviação, essa erosão e também buscar alternativas de de renda para os proprietários rurais, de forma a aumentar a renda deles e ajudá-los, a utilizar técnicas mais sustentáveis de produção”, compartilha Ferretti. 

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Importância da COP para a Fundação

“Então na COP, tivemos uma parceria que leva essa informação para os trabalhos da Fundação. Mas também alimenta a empresa que está pensando em como tornar sua cadeia mais sustentável, como diminuir os riscos ao negócio e a comunidade onde ela atua. Em muitos casos, temos oportunidade de sermos convidados para alguns fóruns, já que estamos aqui com foco mais empresarial, onde falamos um pouquinho do que a empresa, o Grupo Boticário, tem feito, apresentamos alguns cases, tanto de redução de emissões quanto de adaptação às mudanças”, afirma Ferretti sobre a relevância do evento. 

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