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Em 2019, a empresa concordou em mudar as regras para anunciantes com o objetivo de encerrar uma série de ações judiciais q (NurPhoto/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 9 de setembro de 2021 às 22h12.
O Facebook estuda mudanças em sua plataforma de anúncios segmentados na Europa, após reclamações de que seu sistema envia ofertas de emprego para usuários com base em gênero.
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A plataforma de anúncios da empresa mostrava empregos mecânicos para homens 96% do tempo, e ofertas de cuidado de crianças para mulheres 95% das vezes, embora as vagas não fossem deliberadamente direcionadas a um gênero específico, de acordo com uma queixa da Global Witness, ONG que postou os anúncios. Vagas para pilotos apareciam para homens 75% das vezes, e 77% das pessoas que viram um anúncio para um cargo de psicólogo eram mulheres, disse o grupo.
“Nosso sistema leva em consideração diferentes tipos de informação para tentar servir às pessoas anúncios nos quais estarão mais interessadas, e estamos revisando as conclusões neste relatório”, disse um porta-voz do Facebook em comunicado. “Estudamos expandir as limitações nas opções de segmentação de anúncios de emprego, moradia e crédito para outras regiões além dos EUA e Canadá, e planejamos ter uma atualização nas próximas semanas.”
A Global Witness disse que enviou as queixas à Comissão de Igualdade e Direitos Humanos e ao Gabinete do Comissário da Informação no Reino Unido. A ONG também descobriu que vagas para cargos no Facebook foram mostradas principalmente para homens entre 25 e 34 anos em uma campanha de abril de 2019.
A plataforma de anúncios do Facebook já foi criticada por práticas discriminatórias antes. Uma ação coletiva contra a Amazon.com e T-Mobile US, lançada em 2017, disse que centenas de empresas nos EUA adaptaram seus anúncios de recrutamento na rede social para pessoas em faixas etárias específicas, excluindo injustamente trabalhadores com mais idade.
Em 2019, a empresa concordou em mudar as regras para anunciantes com o objetivo de encerrar uma série de ações judiciais que acusavam a plataforma de permitir a discriminação nos segmentos de moradia, crédito e emprego. O Facebook concordou em proibir que anúncios nessas áreas sejam segmentados para usuários com base na idade, gênero ou CEP.
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