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ESG cresce no Brasil e 64% das empresas já considera sustentabilidade como prioridade estratégica

Estudo brasileiro entrevistou mais de 400 executivos de empresas de médio e grande porte do país

Earth Day Environmental, Business hands holding a plant pot with green plants in the ground together symbolizes green business company and green business cooperation.

Earth Day Environmental, Business hands holding a plant pot with green plants in the ground together symbolizes green business company and green business cooperation.

Pedro Consoli
Pedro Consoli

Redator da Faculdade Exame

Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 14h32.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 14h32.

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As empresas brasileiras evoluíram em sua jornada ESG, mas o amadurecimento do tema ainda enfrenta obstáculos estruturais e estratégicos.

É o que revela o estudo A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras: Avanços e Desafios 2024, conduzido pela Beon ESG e Aberje, com base em entrevistas realizadas com 401 líderes de médias e grandes corporações do país.

O levantamento indica que 51% das empresas possuem uma estratégia de sustentabilidade formalizada, um crescimento de 14 pontos percentuais em relação a 2021. Ainda assim, lacunas persistem na adoção de métricas robustas, integração ESG à governança e transparência na comunicação dos resultados.

A pesquisa demonstra que a sustentabilidade corporativa deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade estratégica. No entanto, há um descompasso entre a adoção de compromissos públicos e sua implementação concreta.

Se, por um lado, 59% das empresas já realizam mapeamento de stakeholders, por outro, apenas 20% publicam relatórios de sustentabilidade, evidenciando desafios na mensuração e no reporte das práticas ESG. Isso, frequentemente, está associado ao fato de que líderes não sabem como medir esse impacto.

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Engajamento de stakeholders: da teoria à prática

A incorporação do ESG nas empresas brasileiras tem se expandido, sobretudo no relacionamento com stakeholders. O estudo revela que 59% das organizações já possuem um processo estruturado de mapeamento e engajamento de suas partes interessadas, um aumento de 12 pontos percentuais em relação a 2021.

Esse avanço é mais acentuado em setores voltados ao consumidor final, como comércio e serviços, onde a preocupação com a percepção pública tem impulsionado práticas mais transparentes.

Entretanto, a estruturação desses processos ainda apresenta limitações. Apenas 31% das empresas afirmam ter um modelo bem definido de engajamento, que inclui estratégia, processos e gestão de resultados. O restante opera com abordagens fragmentadas ou pouco estruturadas.

O desafio reside na consolidação de mecanismos de diálogo contínuo, que permitam alinhar as expectativas do mercado e fortalecer a resiliência organizacional.

Governança ESG: consistência e comprometimento

A institucionalização do ESG nas empresas avança, mas a governança desse tema ainda carece de estrutura consolidada. Apenas 39% das empresas possuem uma área formal dedicada à gestão ESG, e, dentro desse grupo, 34% reportam metas de sustentabilidade ao RH.

Esse dado reforça a conexão entre sustentabilidade e cultura organizacional, mas também evidencia a necessidade de integração com as instâncias de decisão estratégica.

Além disso, a avaliação de materialidade, uma ferramenta essencial para direcionar investimentos e esforços ESG, está presente em apenas 27% das empresas. Entre aquelas que possuem uma estrutura formal ESG, 57% realizam essa avaliação, indicando que há um caminho a ser percorrido para que esse processo se torne um padrão de mercado.

A ausência de um alinhamento claro sobre as prioridades socioambientais compromete a capacidade das empresas de transformar compromissos ESG em impactos mensuráveis e sustentáveis.

ESG como eixo estratégico: avanço ou estagnação?

Os dados do estudo indicam que 64% das empresas já reconhecem o ESG como prioridade estratégica, mas apenas 8% o consideram um pilar central do modelo de negócios.

A discrepância entre intenção e execução reforça que, embora a pauta esteja consolidada no discurso corporativo, sua aplicação ainda encontra desafios operacionais e culturais.

A evolução da agenda ESG no Brasil dependerá da capacidade das empresas de estruturar processos robustos de mensuração, estabelecer compromissos de longo prazo e consolidar mecanismos de governança eficazes.

Tendo em vista esse cenário, a EXAME + Saint Paul oferecem o Programa Avançado em ESG e Sustentabilidade, um curso voltado para líderes, C-levels e conselheiros potencializarem seu impacto por meio de iniciativas sustentáveis.

Ministrado por especialistas renomados, o curso promove possibilidades de networking direto com outros executivos de grandes empresas, como iFood, Google e Itaú. São três encontros presenciais, com aulas e momentos destinados a discutir e enfrentar desafios complexos relacionados à sustentabilidade e ao novo capitalismo.

Com ênfase na mensuração de impactos, tecnologia e transformação digital, o programa aborda tópicos como governança corporativa, gestão de riscos, capital natural, economia de baixo carbono e métricas ambientais, sociais e de governança. Além disso, oferece conteúdos exclusivos sobre a integração de práticas sustentáveis no departamento financeiro.

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