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Em NY, Pacto Global da ONU do Brasil lança movimento para desenvolvimento sustentável da Amazônia

Movimento tem como objetivo principal acelerar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as metas da Agenda 2030, pensando em preservação e desenvolvimento na Amazônia. Ambipar e Eletrobras são as embaixadoras

Índígenas brasileiros em evento na ONU (Leandro Fonseca/Exame)
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 20h16.

Última atualização em 19 de setembro de 2023 às 11h50.

O Pacto Global da ONU no Brasil anunciou, durante o SDGs in Brazil, o lançamento do Movimento Impacto Amazônia, que tem como objetivo principal ser o nono facilitador da Ambição 2030 no Brasil. O objetivo é engajar as empresas para contribuírem no desenvolvimento sustentável da Amazônia . Ambipar e Eletrobras são as embaixadoras do Movimento.

O Movimento é o primeiro com foco em uma região específica do País e conta com parcerias de dois tipos: as organizações-chave que atuam na Amazônia e organizações da sociedade civil. Além disto, foi firmada uma parceria com o Ministério Público para formação de grupos de trabalho responsáveis pelo desenvolvimento de soluções para questões críticas na região.

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“Precisamos reunir os atores da sociedade civil, o setor privado e o governo em torno dessa pauta fundamental para o Brasil e o mundo. Estamos em um momento decisivo de transição para a economia verde. Agora, agir é fundamental. Faz parte do nosso mandato como Pacto Global trazer empresas para assumirem compromissos na Amazônia”, disse Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

Segundo a organização, o projeto também tem como função preservar a Amazônia e o clima global para combater o desmatamento e estimular a cultura da floresta em pé. A iniciativa conta com ações individuais, setoriais e intersetoriais, como por exemplo, nas frentes de fome zero e agricultura sustentável (ODS 2), consumo e produção responsáveis (ODS 12), e ação contra a mudança global do clima (ODS 13).

A questão do desmatamento e a floresta em pé

Os acordos setoriais buscam alinhar práticas corporativas e as produções com as mais atualizadas legislações que envolvam a Amazônia. Com isso, um processo de diligência acontecerá para saber a maturidade das companhias envolvidas na ação contra o desmatamento.

Com isso, o Impacto Amazônia busca apoiar a bioeconomia e fortalecer o protagonismo dos povos originários. Assim, o projeto buscará implementar ferramentas de monitoramento de riscos ambientais e sociais das empresas envolvidas, mesmo daquelas fora da região amazônica, para que cada uma se comprometa com as questões socioambientais.

Para Rafael Tello, diretor de sustentabilidade do Grupo Ambipar , o cuidado com a Amazônia e desenvolvimento uma economia verde na região é fundamental da ambição da empresa de se posicionar como uma líder na economia de baixo carbono: “Entendemos os desafios e estamos confiantes de que o movimento terá os recursos necessários para  promover o desenvolvimento da região e levar dignidade para as pessoas, mantendo a florestaem pé e aproveitando os recursos de forma responsável, preservando sua biodiversidade,serviços ambientais e ecossistêmicos”.

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Compromisso empresariais

As empresas que participarem do Movimento devem assegurar que as operações e cadeias de valor próprias não contribuirão para o desmatamento até 2030. Além disso, o movimento inclui oito pontos focais, como Raça é Prioridade, Salário Digno, Ambição Net Zero e +Água e Conexão Circular.

“A Eletrobras já desempenhava um papel relevante no Movimento Transparência 100% e agora somos os embaixadores do Impacto Amazônia. Para nós, é uma prioridade estarmos de mãos dadas com o Pacto Global da ONU, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo”, afirma Camila Araújo, vice-presidente de governança, riscos e compliance e diretora de sustentabilidade da Eletrobras .

Cenário de Empresas e Amazônia

A pesquisa Pulse de Cenário de Empresas e Amazônia ouviu mais de 160 empresas participantes do Pacto Global da ONU no Brasil neste mês e 58% dos entrevistados dizem que já realizaram análises de riscos durante uma crise climática. Porém, 79% afirmaram não analisar o risco da cadeia de fornecimento com relação ao desmatamento amazônico.

“O bioma Amazônia é muito relevante para a regulação climática mundial, no desenvolvimento de ações e ferramentas para o avanço do setor empresarial avançar nesta agenda. E para isso, o Movimento Impacto Amazônia será decisivo”, afirma Camila Valverde, COO e diretora de impacto do Pacto Global da ONU no Brasil. A pesquisa ainda compartilha que 32% das companhias têm algum mecanismo de garantia da origem de insumos, como sistema de rastreabilidade e certificação de origem. 64% dizem que não incluem nos contratos com os fornecedores cláusulas sobre o compromisso de não desmatamento da Amazônia.

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