Disney apoia programa de proteção do mico-leão-preto brasileiro
No Dia da Terra, Disney Conservation Fund reforça apoio para instituições de proteção ao meio ambiente. No Brasil, iniciativa com o Instituto de Pesquisas Ecológicas tem plano de proteção do mico-leão-preto e das antas
Marina Filippe
Publicado em 22 de abril de 2022 às 08h00.
Última atualização em 29 de abril de 2022 às 10h28.
Como forma de continuar as iniciativas sustentáveis, a Disney lança a ação Disney Planet Possible, na qual destaca seus compromissos e práticas, inclusive no Brasil, onde apoia o Instituto de Pesquisas Ecológicas, que protege o mico-leão-preto brasileiro.
"O Disney Conservation Fund apoia o IPE desde 2010 para projetos de proteção tanto para os micos-leões-pretos quanto para as antas. Estamos agora promovendo a quarta doação do IPE ", diz Dr. Zak Gezon, gerente de conservação terrestre da Disney Conservation Fund, em entrevista à EXAME.
Segundo ele, o novo Plano de Manejo da Metapopulação do Mico-leão-preto será crucial para orientar o trabalho de conservação da equipe nos próximos cinco anos. "A equipe está ajudando a estabelecer e gerenciar populações saudáveis e viáveis, promovendo a conectividade de habitats entre florestas fragmentadas por meio da restauração de corredores florestais e engajando comunidades locais e partes interessadas por meio de ciência comunitária, educação e divulgação".
Sustentabilidade na Disney
Segundo o executivo, o compromisso da Disney com a conservação e o meio ambiente acontece desde 1950, quando Walt Disney disse: "A conservação não é um problema apenas para algumas pessoas. É um problema que diz respeito a todos nós".
Já em 1995, o legado de Walt Disney de salvar a vida selvagem, inspirar ações e proteger o planeta levou à fundação do Disney Conservation Fund (DCF). Desde então, o DFC tem apoiado projetos em seis continentes, todos os cinco oceanos e mais da metade dos países do mundo.
No ano passado, o DCF concedeu subsídios a 60 organizações sem fins lucrativos que realizam esforços críticos em prol do planeta, incluindo 11 na América Latina, como o Instituto de Pesquisas Ecológicas, e outros:
- Arizona State University/Foundation for A New American University: Utiliza uma equipe de conservação transdisciplinar para educar, inspirar e capacitar os pescadores no México e no Caribe, em Trinidad e Tobago, desenvolvendo soluções inovadoras para reduzir a captura acidental de tartarugas marinhas, tubarões e raias ameaçados de extinção.
- Fundación Proyecto Tití: Responsável por proteger a vida silvestre de macacos sagui na Colômbia, além de apoiar os esforços para proteger e expandir hábitat florestal, reduzir o comércio ilegal de vida silvestre, reciclar mais de três milhões de sacolas plásticas e criar fontes alternativas de renda para os membros da comunidade.
- Northern Jaguar Project Inc.: No México, a organização promove a coexistência entre as comunidades e a onça-pintada do norte por meio de uma colaboração de longo prazo com fazendeiros e jovens para reduzir e prevenir a caça furtiva, envenenamento e destruição do habitat ao redor da Reserva da Onça-pintada do Norte.
- Spectacled Bear Conservation Society: Protege os ursos andinos e antas da montanha nas bacias dos rios Leche e Amazonas, no norte do Peru, por meio da identificação e proteção de populações, habitats e recursos, bem como a participação das comunidades locais por meio da educação.
"Até o momento, o Disney Conservation Fund apoiou mais de 25 organizações sem fins lucrativos que lideram projetos de conservação no Brasil. Os projetos ajudaram as comunidades a viver de forma mais sustentável com a vida selvagem e apoiar mais de 20 espécies, incluindo tamanduás e tatus, onças, papagaios da Amazônia e tartarugas do rio Amazonas", afirma Gezon.
O Disney Conservation Fund também homenageia pessoas que têm um compromisso com a preservação da vida selvagem e habitats em todo o mundo, por meio do Disney Conservation Hero Award. Entre os homenageados deste ano estão os conservacionistas da América Latina: Ana Beatriz Cordeiro, indicada ao Salve o Mico-Leão-Dourado (Brasil); Pedro Viteri, indicado pela Wildlife Rescue and Conservation Association (Guatemala); Luis Soto, indicado pela Fundação Projeto Tití (Colômbia); Ruthmery Pillco Huarcaya (Peru) e Yolanda Rodríguez, indicadas pela Osa Conservation (Costa Rica); e William Ferrufino, indicado pela Wildlife Conservation Society (Bolívia).