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(Daikin/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 24 de abril de 2025 às 07h00.
Última atualização em 24 de abril de 2025 às 16h35.
A Daikin, líder global em climatização, anunciou investimentos de US$ 2,7 bilhões entre 2023 e 2025 para o desenvolvimento de produtos e soluções com foco em eficiência energética. O montante visa apoiar a crescente demanda por ar-condicionado, inclusive no Brasil, e reforçar os compromissos ambientais da empresa.
Em entrevista exclusiva à EXAME, Roberto Yi, diretor da Daikin Brasil, detalhou os principais avanços e investimentos que estão moldando o futuro da empresa na região. "Com o aumento do aquecimento global e da demanda por ar-condicionado, sabemos que o consumo de energia vai crescer cada vez mais. No Brasil, por exemplo, o mercado de climatização deve triplicar até 2030", afirmou Yi.
A Daikin já obteve resultados significativos na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Desde 2019, a empresa alcançou uma redução de 17% nas emissões líquidas de GEE do ciclo de vida de seus produtos. A meta é diminuir as emissões em 30% até 2025, 50% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
Yi destacou que a empresa tem trabalhado para otimizar o gasto de energia de seus produtos, um dos focos de seus investimentos. "Hoje, temos aparelhos de ar-condicionado que consomem menos do que um ventilador elétrico. Já conseguimos reduzir em 20% as emissões de carbono e queremos chegar a 30% até 2030", afirmou.
A empresa também aposta em tecnologias como os inversores, que ajustam a rotação do compressor de forma variável e contínua conforme a demanda, garantindo maior produtividade. "Todos os nossos compressores são inverter, o que garante até 50% de eficiência na comparação com equipamentos tradicionais", explicou Yi.
O uso de tecnologias é uma das prioridades da Daikin, que também lançou o sistema VRV, que conecta várias unidades internas a um condensador externo, reduzindo significativamente o consumo de energia, especialmente no setor comercial.
A Daikin também está investindo fortemente em inovação e sustentabilidade. "Além dos produtos, estamos investindo em aquisições de empresas focadas em sustentabilidade, como as que trabalham com a otimização do consumo de energia e a integração de tecnologias como painéis solares e iluminação LED", afirmou Yi.
Cientistas criam tecnologia que pode aposentar ar-condicionado e ventilador — além de poupar energiaUm exemplo disso é o recente investimento em um centro de inovação no México, o Daikin Open Innovation Lab Monterrey (DIMO), que busca acelerar o desenvolvimento de soluções de climatização eficientes e sustentáveis para a América Latina.
No Brasil, a Daikin já tem uma fábrica em Manaus, onde recentemente expandiu sua capacidade produtiva. "Compramos uma nova área de 90 mil metros quadrados em Manaus. Metade já está sendo usada para nossa fábrica, e a outra metade será destinada à construção de uma nova planta quando percebermos a demanda forçar esse movimento", revelou Yi.
O mercado brasileiro de climatização apresenta desafios e oportunidades. Embora a penetração do ar-condicionado nas residências ainda seja baixa, de somente cerca de 20% das casas no país, Yi acredita que a demanda irá crescer substancialmente nos próximos anos. "A previsão é que o mercado de ar-condicionado residencial no Brasil cresça para 15 milhões de unidades até 2030”, conta.
Esse movimento é impactado pelas mudanças climáticas. “Isso está diretamente relacionado ao aumento da demanda por conforto térmico, especialmente em regiões com altas temperaturas", afirmou o executivo.
Yi também mencionou o papel da Daikin na conscientização sobre a importância de instalar aparelhos de ar-condicionado corretamente. "Não basta comprar um equipamento. O instalador precisa seguir as normas e garantir que o produto funcione corretamente, sem desperdício de energia na utilização", disse.
A Daikin investe no treinamento de parceiros instaladores e já possui centros de capacitação em várias cidades do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, além de um em construção em Belo Horizonte.
Além de investir em tecnologias mais eficientes, a Daikin mantém um compromisso com a preservação ambiental. A empresa anunciou que está protegendo 11 milhões de hectares de florestas ao redor do mundo, o que resultou na redução de 7 milhões de toneladas de CO2 por meio de reflorestamento e conservação da biodiversidade.
"Estamos comprometidos em fazer nossa parte para combater as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente, não apenas por meio dos nossos produtos, mas também com ações concretas de preservação", afirmou Yi.
Em relação às mudanças regulatórias, Yi comentou sobre os desafios que a empresa enfrenta para alinhar os produtos aos mais novos padrões de eficiência de energia globais. "Já fizemos progressos em vários países, e agora estamos trabalhando com o governo brasileiro e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional para atualizar as regras de etiquetagem energética", explicou.
A Daikin espera que, em breve, o Brasil adote regulamentos mais rigorosos para o setor de climatização, especialmente na área comercial, que conta com equipamentos de grande porte, o que ajudará a atender à crescente demanda de forma sustentável e eficiente.