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Coca-Cola reduz metas de reciclagem, e ambientalistas criticam

Grupo ambiental Oceana classificou as mudanças como "irresponsáveis"

Empresa lançou no início deste ano novas garrafas feitas com plástico 100% reciclado (Alexander Demianchuk/Reuters)

Empresa lançou no início deste ano novas garrafas feitas com plástico 100% reciclado (Alexander Demianchuk/Reuters)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 11h42.

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A Coca-Cola está reduzindo suas metas de sustentabilidade de embalagens, gerando indignação de ativistas ambientais.

A empresa mudou suas "metas ambientais voluntárias" nesta semana. Agora, pretende usar de 35% a 40% de material reciclado em suas embalagens até 2035 — uma redução drástica de sua meta anterior de 50% até 2030.

A Coca-Cola explicou em um comunicado à imprensa que sua "evolução é informada por aprendizados reunidos em décadas de trabalho em sustentabilidade, avaliação periódica do progresso e desafios identificados".

Além da atualização da meta sobre uso de materiais reciclados, também houve alterações quanto ao objetivo de reciclagem. Em 2018, a companhia anunciou que até 2030 queria reciclar o equivalente de plástico de cada garrafa que colocasse no mundo. Isso foi reduzido para "garantir a coleta" de 70% a 75% das garrafas e latas que entram no mercado todos os anos, sem citar um cronograma específico, segundo reportagem da CNN.

“Continuamos comprometidos em construir resiliência empresarial de longo prazo e ganhar nossa licença social para operar por meio de nossas metas ambientais voluntárias”, disse Bea Perez, vice-presidente executiva de sustentabilidade e parcerias estratégicas da Coca‑Cola Company, em um comunicado à imprensa. “Esses desafios são complexos e exigem que impulsionemos uma alocação de recursos mais eficaz e eficiente e trabalhemos em colaboração com parceiros para gerar um impacto positivo duradouro.”

Em resposta, o grupo ambiental Oceana criticou a Coca-Cola. Classificou as mudanças como “irresponsáveis” e “dignas de condenação generalizada por seus clientes, funcionários, investidores e governos preocupados com o impacto dos plásticos em nossos oceanos e saúde.”

"As novas e fracas promessas relacionadas à reciclagem da empresa não afetarão seu uso geral de plástico", disse Matt Littlejohn, vice-presidente sênior de iniciativas estratégicas da Oceana, em um comunicado. "Os investidores e governos da Coca-Cola em todo o mundo devem tomar medidas para responsabilizar a empresa", completou.

Nova garrafa

No início deste ano, a Coca-Cola lançou novas garrafas para todas as versões de refrigerantes da empresa (zero açúcar, diet, original etc.) que são feitas de plástico 100% reciclado. A empresa estimou que a prática deve reduzir o equivalente a dois bilhões de garrafas em circulação.

A Coca-Cola foi nomeada como a maior poluidora de plástico do mundo pelo sexto ano consecutivo em 2023 pela organização ambiental Break Free from Plastic. A entidade fez auditoria em 40 países e observou que as garradas de Coca foram o item mais comum encontrado descartado, geralmente em espaços públicos como parques e praias.

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