ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

C&A arrecada mais roupas de clientes e quer crescer programa de circularidade na moda

Movimento ReCiclo está em 60% das lojas da C&A. Peças doadas por consumidores vão para ONGs, descarte adequado ou produção de novas peças; veja resultados

Caixa para recebimento de roupas na C&A (C&A/Divulgação)

Caixa para recebimento de roupas na C&A (C&A/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 25 de janeiro de 2023 às 08h01.

Estima-se que a indústria da moda seja a segunda maior poluidora do mundo. Isto, por conta dos processos de produção, assim como pela alta taxa de descarte no meio ambiente, com longo tempo até a degradação. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), todos os anos, cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis são descartadas de forma incorreta no lixo comum. Pensando em diminuir os impactos nocivos, a C&A promove o Movimento Reciclo, um programa de recolhimento de peças de qualquer marca em 60% das 331 lojas.

"Assumimos compromissos de economia circular, globalmente, em 2015. Já em 2018 começamos a arrecadar peças nas lojas e tivemos que superar desafios como a mudança cultural dos consumidores, que não eram acostumados a levar peças usadas para o varejo na hora de adquirir o produto novo. Contudo, no ano passado tivemos nosso melhor resultado, algo que nos incentiva a continuar evoluindo nos próximos anos", diz Cyntia Kasai, gerente-executiva de ESG da C&A. Em 2022, o Movimento ReCiclo recebeu 17 mil peças.

 

20182019202020212022Total
~Qtde de itens (un.)*14.00048.00042.00033.00075.000212.000
~Peso (ton)*317771751
Total de Lojas (un.)80157163185206206

 

Conforme apresentado na tabela acima, a pandemia da covid-19 acarretou na queda do número de peças recolhidas. Mas, com a reabertura das lojas, a comunicação para a continuidade do programa foi reforçada. "Falamos do programa em campanhas específicas e nos alto falantes das lojas, por exemplo. Além disto, não incentivamos a troca por produtos ou descontos. A intenção é conscientizar sobre a sustentabilidade", afirma Cyntia.  Com isto, mais de 212 mil peças foram recolhidas desde 2018.

Ao depositar uma peça nas urnas verdes do programa, abrem-se três possíveis caminhos para destinação: o da doação para ONGs e ações humanitárias; da reciclagem quando a peça não é apropriada para doação, como no caso de roupas íntimas; e da confecção de novas peças a partir do uso dos fios.

Assine a newsletter EXAME ESG, com os conteúdos mais relevantes sobre diversidade e sustentabilidade nos negócios

Sustentabilidade

O recolhimento de roupas não é a única iniciativa de circularidade da C&A. A companhia trabalha o tema de forma estruturada e com compromissos como ter 50% dos produtos com circularidade em alguma etapa do processo ou extensão do ciclo de vida até 2030. Assim, há ações como a coleção Ciclos, com certificação Cradle to Cradle, que  leva em conta aspectos de saúde e reciclabilidade dos materiais, além da gestão da água, energia e justiça social na cadeia. 

Outra ação é a venda do jeans reciclado, produzido a partir de peças doadas nas lojas e de sobras de jeans da produção tradicional. No ano passado, por exemplo, foram 20 mil peças produzidas em 13 modelos. "Estamos investindo na cadeia para aumentar o programa. Toda a gestão e desenvolvimento dos fornecedores é feita pela C&A. Assim, quanto  mais peças forem doadas, mais conseguimos aumentar a circularidade". A estimativa da executiva é que 100% das lojas tenham as urnas do Movimento ReCiclo até 2024, sendo que, hoje, todas as novas lojas nascem com ele.

Leia também

Economia circular: Como o Grupo Heineken busca ampliar a reciclagem das embalagens de vidro

Moda: 22 de 60 marcas tiram nota zero em índice de transparência 

Acompanhe tudo sobre:C&AEconomia CircularModaReciclagemRoupas

Mais de ESG

Brasil e ONU lançam Iniciativa Global contra Desinformação Climática no G20

“É impossível respirar”, relatam moradores da cidade mais poluída do mundo

COP29 propõe que países ricos paguem US$ 250 bi por ano aos países em desenvolvimento

COP29 pode ter fim adiado: negociações travadas e bloqueio saudita ameaçam Cúpula