Economia

Mercado vê alta de 1% no PIB do ano; previsão para indústria despenca

Levantamento semanal do Banco Central apontou que a expectativa é de um crescimento da indústria de apenas 0,47%, contra expansão prevista de 1,49%

A produção industrial brasileira iniciou o segundo trimestre com alta abaixo do esperado de 0,3% em abril, pressionada pela indústria extrativa e mostrando irregularidade (Reprodução/Agência Brasil)

A produção industrial brasileira iniciou o segundo trimestre com alta abaixo do esperado de 0,3% em abril, pressionada pela indústria extrativa e mostrando irregularidade (Reprodução/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 10 de junho de 2019 às 09h10.

Última atualização em 10 de junho de 2019 às 10h12.

São Paulo — Economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central cortaram em mais de três vezes a estimativa para a produção industrial neste ano, para o qual passaram a ver expansão econômica de 1% em 2019 pela primeira vez, enquanto reduziram também a previsão para a taxa básica de juros em 2020.

O levantamento semanal apontou que a expectativa agora é de um crescimento da indústria de apenas 0,47% neste ano, contra expansão prevista anteriormente de 1,49%. Para 2020 permanece a projeção de crescimento de 3%.

A produção industrial brasileira iniciou o segundo trimestre com alta abaixo do esperado de 0,3% em abril, pressionada pela indústria extrativa e mostrando irregularidade.

Com isso, as contas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passaram a 1%, de 1,13% na pesquisa anterior. A perspectiva para a economia no próximo ano também diminuiu, a 2,23%, de 2,50%.

Com a fraqueza da economia, os economistas agora veem a taxa básica de juros Selic em 7% ao final de 2020, de 7,25% antes. Para este ano, entretanto, ainda esperam manutenção na mínima recorde atual de 6,5%.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, vê a Selic ainda mais baixa em 2020, reduzindo a perspectiva a 6,5%, de 7% antes. Mas para este ano o grupo ainda vê estabilidade.

Para a inflação, os economistas passaram a ver uma taxa em 2019 abaixo de 4%. A expectativa agora é de alta do IPCA de 3,89%, contra 4,03% há uma semana, enquanto que para 2020 permanece a estimativa de avanço de 4%.

O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

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