Economia

Presidente da CNI pede freio no controle de importações

A Argentina aplica desde 2011 uma série de medidas de controle às importações


	A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, falaram no fórum da UIA
 (©AFP / Alejandro Pagni)

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, falaram no fórum da UIA (©AFP / Alejandro Pagni)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 19h12.

Buenos Aires - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, pediu nesta terça-feira, em um fórum na Argentina, que seja deixada de lado a escalada de controle das importações, em referência às medidas comerciais aplicadas pelo governo de Cristina Kirchner.

"É preciso mudar a escalada de controles de importações e outros obstáculos ao comércio através do aprofundamento do diálogo institucional e da cooperação", disse Braga de Andrade ao transcorrer sobre a abertura da 18a Conferência Anual da União Industrial Argentina (UIA), celebrada em um hotel de Campana (60 km ao norte de Buenos Aires).

A Argentina aplica desde 2011 uma série de medidas de controle às importações, ante a necessidade de dólares para arcar com compromissos externos, o que tem gerado críticas de vários países.

Na quarta-feira, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, falaram no fórum da UIA, concentrada no comércio entre as duas principais economias sul-americanas e maiores sócios do Mercosul (também formado por Uruguai, Paraguai e Venezuela).

Durante seu discurso no fórum chamado "Argentina e Brasil: integração e desenvolvimento e o risco da primarização", Braga de Andrade propôs "intensificar a política econômica e comercial" entre ambos países e "a criação de empresas conjuntas preparadas para agir no mundo".

Segundo o titular da UIA, Ignacio de Mendiguren, "houve uma mudança no Brasil", porque "agora querem uma Argentina industrial e há alguns anos pensavam que a Argentina tinha que ser uma provedora de matérias-primas; eles querem um sócio forte".

A balança comercial bilateral manteve-se favorável ao Brasil em 2011, com um saldo de 5,803 bilhões de dólares, sobre um intercâmbio global de 39,615 bilhões, um recorde histórico, segundo o Ministério da Indústria e Comércio brasileiro.

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